Conversa de Lula e Trump fecha o caixão do bolsonarismo

O bolsonarismo perdeu sua única moeda de troca: o acesso ao poder americano

Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | ABR)

A videochamada entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na manhã de 6 de outubro de 2025, representa o último prego no caixão do bolsonarismo. Foi Trump quem ligou para Lula, detalhe que o brasileiro fez questão de registrar. Conversaram por 30 minutos, acompanhados por Fernando Haddad, Mauro Vieira, Celso Amorim e Geraldo Alckmin. Segundo apuração de Mônica Bergamo, Trump disse a Lula que o encontro com ele “foi a única coisa boa que aconteceu na ONU”. 

A declaração reforça uma química que, na realidade, é o esforço de Trump para sair da armadilha que ele próprio criou ao ouvir um bando de fracassados e golpistas como Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo. Agora negocia com quem tem bala na agulha: o presidente Lula e o empresariado brasileiro. Lula foi direto: pediu o fim da sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros e a retirada das sanções contra autoridades do país. Trump designou o Secretário de Estado Marco Rubio para negociar. Trocaram telefones pessoais. Acordaram se encontrar em breve. Checkmate diplomático.

Enquanto Lula articulava em alto nível, a família Bolsonaro assistia sua irrelevância ser decretada em tempo real. Eduardo Bolsonaro, que se vendia como o único canal com Trump, foi atropelado. Sua postagem desesperada prometendo não deixar que seu pai fosse tratado como “uma carniça política a ser rapinada por abutres” soa patética diante dos fatos. Carlos Andreazza, colunista do UOL, disse em sua análise de hoje de manhã, dissecando a fratura exposta: a direita brasileira está em guerra civil. 

De um lado, Ciro Nogueira e o Centrão pragmático já trabalham com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro como fato consumado, buscando nomes “viáveis” como Tarcísio de Freitas ou Ratinho Júnior para 2026. Do outro, Eduardo e sua tropa de choque recusam qualquer alternativa que não represente a pureza ideológica do movimento.

Eduardo Bolsonaro colocou-se em um beco sem saída. Ao radicalizar o discurso a ponto de classificar o Brasil como uma “ditadura judicial” e pregar que não haverá eleições em 2026, tornou impossível apoiar um candidato do sistema sem implodir sua própria coerência. Qualquer recuo seria visto como traição pelo núcleo duro que ele cultivou. 

Andreazza observa que Eduardo não dá sinais de que apoiará Tarcísio. O autoisolamento é inevitável. Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, tentou desqualificar a conversa Lula-Trump como evidência de uma “política externa retrógrada, lenta e sem tecnicidade”. A crítica soou vazia diante da eficácia do contato.

O grande empresariado brasileiro já demonstrou que não precisa da família Bolsonaro como intermediária. Os irmãos Batista, maiores produtores de proteína do mundo, contrataram lobistas ligados ao movimento MAGA, superiores aos que Eduardo Bolsonaro alegava ter acesso. Conversaram diretamente com Trump. Agora Lula também. 

O bolsonarismo perdeu sua única moeda de troca: o acesso ao poder americano. A política externa brasileira, sob Lula, usou o tarifaço de Trump como oportunidade para diversificar mercados, abrir novas linhas de crédito para pequenos e médios exportadores e reposicionar o país no mercado internacional de produtos e serviços. Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro retuitava o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que se gabava de ter feito impeachment de todos os ministros do Supremo de seu país para implementar suas políticas autoritárias. A postagem, também retuitada por Elon Musk, era uma resposta a um juiz americano que bloqueou Trump de enviar tropas militares a Portland. Grotesco.

A polarização tem seu lado positivo: dá transparência de que lado cada um está. Vejamos o caso de Ciro Gomes, por exemplo, que agora tenta reconstruir sua carreira política através de uma aliança com o bolsonarismo no Ceará. Quando saiu da eleição de 2022 com menos de 3% dos votos, disse que não seria mais candidato. Seus apoiadores entenderam que ele teria mais liberdade para participar de debates políticos sem as amarras de um processo eleitoral. O silêncio dele sobre os grandes temas políticos do nosso tempo só tem uma explicação: não quer se queimar com o bolsonarismo. 

Nenhum comentário sobre os ataques de Trump ao Brasil, nenhuma palavra sobre o julgamento do ex-presidente no STF. Tampouco denuncia o genocídio em Gaza, obrigação moral de toda liderança progressista. Ciro tem que decidir qual papel quer na história: ser uma subcelebridade da extrema direita, com videozinhos compartilhados por Bolsonaro, ou uma liderança política com um papel positivo na defesa da nossa democracia. Se escolhesse o segundo caminho, teria feito, como Lula, Gustavo Petro e outros, a denúncia dessa tragédia humanitária na Palestina. 

Lula já o fez várias vezes, inclusive na ONU, mesmo pagando o preço por ir contra o lobby sionista. A única comunicação que sai da boca de Ciro há muito tempo é bater no Lula. Este era o momento para qualquer liderança democrática se posicionar em favor da soberania brasileira, contra o golpismo e o fascismo, perigos reais. A tese de Ciro de que o ex-presidente não representava perigo à democracia se provou perigosamente equivocada. O julgamento, realizado de maneira transparente e pública, ofereceu ao Brasil e ao mundo uma quantidade imensa de documentos, provas, testemunhos e delações que não deixam dúvidas sobre sua responsabilidade nos crimes dos quais é acusado, provando que ele sempre trabalhou para minar as instituições. Ciro busca votos bolsonaristas para uma inviável candidatura ao governo do Ceará, onde Elmano de Freitas tem 56% de aprovação.

O debate entre Deltan Dallagnol e Marco Antonio Villa na Jovem Pan, neste final de semana, igualmente ilustra bem como a polarização deixa as coisas mais claras. Dallagnol, que se prestava como campeão da luta contra a corrupção, hoje é um defensor vulgar de Jair Bolsonaro, encampando todas as teses golpistas. Na entrevista, não consegue negar nenhum dos crimes dos quais o ex-presidente é acusado. Apenas busca opor firulas jurídicas, virando um rábula de porta de cadeia. Publicou em suas redes como se tivesse “destruído” Villa, mas a impressão que eu e muita gente tivemos foi exatamente oposta. 

A polarização, que muitos querem acabar, é na verdade a essência da política. Ela deixa claro quem está interessado em salvar o ex-presidente e quem está interessado em salvar a democracia. Em 2026, essa divisão será ainda mais evidente: de um lado, os defensores das instituições democráticas; do outro, extremismo, violência política e retrocesso social.

Dallagnol critica o STF dizendo que aplica a teoria da democracia militante de Carl Schmitt, quando na verdade essa teoria é de Karl Loewenstein, alemão que fugiu do nazismo e se exilou nos Estados Unidos. Loewenstein era o grande adversário intelectual de Schmitt. Schmitt fazia uma crítica dura, mas de certa forma correta, às vulnerabilidades da democracia liberal, argumentando que ela, ao depender tanto do debate público, ficaria exposta à manipulação da mídia, às articulações de uma elite financeira, burocracia estatal, corporações militares e até excessos populares. 

Loewenstein se opôs a isso e apresentou uma solução: os regimes democráticos deveriam ser militantes, no sentido de combater assertivamente aqueles que querem destruí-los. É uma tese que hoje, no Brasil, é vencedora. Nos Estados Unidos, o regime democrático está aprendendo da maneira mais dura que, se quiser sobreviver, suas instituições também vão ter que arregaçar as mangas e lutar. Vários setores democráticos americanos já caíram sob a bota autoritária de Trump. Agora vão precisar de um judiciário firme, como foi o judiciário brasileiro no enfrentamento do autoritarismo de Bolsonaro.

Com a oposição canibalizando a si mesma e refém de setores extremistas, antipatrióticos e subversivos, o campo moderado acaba sendo atraído por Lula, visto como um porto seguro de bom senso, moderação e respeito às instituições. A decisão dos ministros Celso Sabino (Turismo, União Brasil) e André Fufuca (Esporte, PP) de permanecerem no governo, mesmo contra a vontade de seus partidos e sob ameaça de expulsão, é mais uma prova desse bom momento da administração e de que em 2026 Lula terá condições de atrair setores importantes do centro político. 

Setores variados deste espectro, que foram tão importantes em 2022, voltam a se aproximar de Lula com razões ainda mais fortes do que na última eleição presidencial. Se antes a questão democrática era fundamental no debate político, dessa vez somam-se fatores ainda mais poderosos: a soberania nacional, a independência das instituições, o orgulho e a dignidade do Brasil. O checkmate diplomático de Lula no Tio Sam selou o destino político da extrema direita brasileira, cuja única chance seria se reinventar ao centro e se distanciar do extremismo ideológico. Mas isso não parece viável nas circunstâncias atuais, pois o bolsonarismo tem uma base eleitoral radicalizada. Está num beco sem saída: se perder esse eleitorado, não consegue eleger deputados e senadores; se mantiver o radicalismo exagerado, não constrói uma campanha agregadora o suficiente para enfrentar Lula. Como diria o próprio Bolsonaro: “Acabou, porra!”

Meta lança recurso de tradução em tempo real no WhatsApp; confira

Nova ferramenta de tradução do WhatsApp começa com suporte limitado, mas deve se expandir rapidamente e promete mais privacidade para os usuários

Meta lança recurso de tradução em tempo real no WhatsApp; confira
Meta lança recurso de tradução em tempo real no WhatsApp; confira (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

 A Meta anunciou nesta terça-feira (23) o lançamento de um recurso de tradução em tempo real no WhatsApp, que chega para facilitar a comunicação entre usuários que falam diferentes idiomas. A informação foi divulgada pelo Valor Econômico.

Segundo a empresa, as traduções estarão disponíveis inicialmente em seis idiomas para dispositivos Android e em 19 idiomas para iPhones, com a promessa de ampliar essa lista nos próximos meses. A novidade atende a uma demanda crescente entre os mais de 3 bilhões de usuários ativos do WhatsApp em todo o mundo.

Como funciona a tradução no WhatsApp

De acordo com a Meta, o recurso foi projetado com foco na privacidade. “As traduções de mensagens foram projetadas para proteger a privacidade dos seus bate-papos. É por isso que as traduções ocorrem no seu dispositivo, onde o WhatsApp não pode vê-las”, explicou a empresa em comunicado no blog oficial.

Para utilizar a função, basta pressionar longamente uma mensagem e selecionar a opção “Traduzir”, que exibirá o conteúdo no idioma escolhido. O recurso funcionará tanto em conversas individuais quanto em grupos e também em atualizações de canais.

Tradução automática em conversas inteiras

Além da tradução de mensagens isoladas, os usuários de Android terão a opção de habilitar a tradução automática para conversas inteiras, garantindo que todas as mensagens futuras sejam traduzidas por padrão. Essa funcionalidade pode ser especialmente útil em grupos internacionais, em que há a troca constante de mensagens em múltiplos idiomas.

Expansão e impacto global

O movimento reforça a estratégia da Meta de ampliar os recursos do WhatsApp e torná-lo uma ferramenta ainda mais indispensável para comunicação global. A integração da tradução em tempo real também coloca pressão sobre concorrentes, como o Telegram, que ainda não oferecem um sistema nativo de tradução com o mesmo nível de integração e privacidade.

Com essa atualização, o WhatsApp avança na direção de se consolidar não apenas como o aplicativo de mensagens mais popular do mundo, mas também como uma plataforma capaz de reduzir barreiras linguísticas e aproximar culturas.

Macron chama Lula de “guerreiro” em encontro na ONU 

Presidente francês elogiou Lula antes de sua fala na Assembleia da ONU

Lula e Emmanuel Macron Foto: Ricardo Stuckert / PR (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente da França, Emmanuel Macron, roubou a cena na 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, ao dirigir elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em vídeo divulgado nas redes sociais oficiais de ambos nesta quarta-feira (24), Macron aparece abraçando o líder brasileiro e desejando-lhe boa sorte antes de sua fala na tribuna. Com um sorriso, declarou: “Você é um guerreiro”.

O gesto reforça a sintonia política e pessoal entre Lula e Macron, que já haviam protagonizado momentos de descontração em junho, durante a visita do petista à França. Na ocasião, posaram juntos em frente à Torre Eiffel.

Relação de confiança entre Brasil e França

Nos últimos meses, Macron e Lula vêm demonstrando afinidade em diversas agendas. Em Paris, o presidente francês destacou que a amizade entre os dois países se fortalece por meio de confiança, trocas culturais e cooperação internacional. Agora, na ONU, os gestos de proximidade reforçam essa relação diplomática que, ao mesmo tempo, projeta imagem positiva do Brasil no cenário europeu.

O pano de fundo com Trump

O clima amistoso entre Lula e Macron ocorreu no dia em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mencionou o brasileiro em seu discurso de abertura da Assembleia Geral. Trump disse ter encontrado Lula e destacou que os dois tiveram uma “química excelente”.

Apesar do elogio, Lula não poupou críticas às políticas defendidas por Washington. Em sua intervenção, classificou sanções econômicas como “arbitrárias”, cobrou o fim do “genocídio em Gaza” e reafirmou a necessidade de um Estado Palestino.

Bolsonaristas sentem o golpe e reconhecem vitória de Lula após elogio de Trump

Aliados de Bolsonaro admitem que presidente saiu fortalecido após gesto de Trump na ONU, enquanto Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo perdem espaço

Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | Ricardo Stuckert/PR)

 Apesar do esforço de setores da direita em minimizar o gesto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fez um aceno público a Luiz Inácio Lula da Silva durante discurso na ONU, a avaliação entre lideranças bolsonaristas é de que o episódio fortaleceu o presidente brasileiro. A informação foi revelada pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

Segundo aliados de Jair Bolsonaro, Lula conseguiu sair como o grande vencedor do embate com o governo norte-americano ao demonstrar serenidade e firmeza política. Já Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, que vinham articulando sanções contra o Brasil, aparecem como os maiores derrotados nesse cenário.

“Arrebenta de vez o Eduardo”

Uma liderança bolsonarista ouvida pela Folha foi categórica: caso Lula avance em um acordo comercial com Trump, “arrebenta de vez o Eduardo”. O raciocínio é de que o presidente brasileiro soube usar a narrativa da perseguição, reforçar o discurso da soberania nacional e se beneficiar do aumento da tensão política nos Estados Unidos.

Interesse mútuo em armistício

De acordo com essa análise, o próprio governo Trump também tem interesse em buscar uma saída negociada, já que enfrenta pressões internas e começa a sentir os efeitos econômicos da guerra tarifária. O mercado norte-americano, inclusive, cobra uma resposta mais pragmática da Casa Branca.

Impactante: Israel dá ultimato aos palestinos e ordena evacuação da Cidade de Gaza em no máximo 48 horas

Governo israelense ordena rotas temporárias enquanto massacre se intensifica

Palestinos deixam a Cidade de Gaza (Foto: Mahmoud Issa/Reuters)

 O regime sionista israelense exigiu nesta quarta-feira que a população de Gaza abandone a cidade mo prazo máximo de 48 horas. O Exército de ocupação anunciou a abertura de um novo corredor para civis deixarem a Cidade de Gaza, conforme relatado pela agência Reuters.

Segundo fontes oficiais, a medida faz parte de uma ofensiva terrestre ampliada. De acordo com a reportagem da Reuters, estima-se que cerca de 400 mil civis ainda permaneçam na Cidade de Gaza; muitos hesitam em sair devido aos riscos nas rotas de fuga, às condições degradantes no sul da Faixa de Gaza e ao medo de que a fuga seja definitiva.

Impacto humanitário e desafios logísticos

Organismos internacionais vêm alertando para uma crise humanitária grave. O acesso a alimentos, água potável, combustíveis e atendimento médico na parte sul de Gaza é descrito como extremamente precário, o que dificulta que aqueles que deixam a Cidade de Gaza encontrem refúgio seguro. Outra preocupação destacada é o temor de deslocamento permanente por parte dos civis, que receiam não poder retornar ou encontrar condições mínimas de sobrevivência.A evacuação de 48 horas se insere num momento em que Israel intensificou sua ofensiva terrestre sobre a Cidade de Gaza, com tanques avançando de diversas direções.

“A democracia e a soberania brasileiras são inegociáveis”, publica Lula no New York Times

Em texto dirigido a Trump, presidente Lula reafirma disposição para negociações comerciais com os Estados Unidos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva – 26/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
 Por: Guilherme Levorato

 “A democracia e a soberania brasileiras são inegociáveis.” Foi com essa afirmação que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu o artigo publicado neste domingo (14) no The New York Times. No texto, Lula defende a legitimidade das instituições nacionais e alerta que nenhuma decisão externa poderá interferir  na democracia brasileira.

O artigo é um recado direto ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Lula rebateu os argumentos apresentados por Washington e afirmou que a medida carece de justificativa econômica, revelando motivações políticas voltadas à proteção de Jair Bolsonaro (PL).

Críticas à tarifa americana

Segundo o presidente brasileiro, os EUA acumulam um superávit de US$ 410 bilhões no comércio com o Brasil nos últimos 15 anos. Ele lembrou ainda que quase 75% das exportações americanas entram isentas de tarifas no país. “O aumento tarifário imposto ao Brasil neste verão não é apenas equivocado, mas também ilógico”, escreveu.

Lula citou relatos de que o vice-secretário de Estado, Christopher Landau, teria admitido a empresários brasileiros que as tarifas seriam parte de uma estratégia para buscar impunidade a Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão por liderar uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado no Brasil.

Defesa das instituições democráticas

O presidente destacou a atuação recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que confirmou condenações de envolvidos nos atos golpistas. “Tenho orgulho do STF por sua decisão histórica, que salvaguarda nossas instituições e o Estado Democrático de Direito”, afirmou. Lula lembrou que as investigações revelaram planos para assassinar autoridades e até um decreto que visava anular as eleições de 2022.

Tecnologia, economia digital e meio ambiente

Lula também contestou as críticas americanas sobre a regulação de empresas de tecnologia. Ele afirmou que não há perseguição, mas aplicação igual da lei para todas as plataformas, nacionais ou estrangeiras, com o objetivo de combater crimes digitais, desinformação e discurso de ódio.

O artigo defendeu o sistema de pagamentos instantâneos PIX, que promoveu a inclusão financeira de milhões de brasileiros, e ressaltou o compromisso ambiental de seu governo. Nos últimos dois anos, o Brasil reduziu em 50% o desmatamento da Amazônia e confiscou ativos milionários usados em crimes ambientais.

Apelo ao diálogo

Apesar das críticas, Lula reforçou que o Brasil continua aberto à cooperação com os Estados Unidos. Ele recordou que a relação entre os dois países ultrapassa dois séculos e não deve ser prejudicada por diferenças ideológicas.

“Presidente Trump, continuamos abertos a negociar qualquer coisa que possa trazer benefícios mútuos. Mas a democracia e a soberania do Brasil não estão em pauta”, escreveu, encerrando o artigo com uma lembrança de discurso feito por Trump em 2017 na ONU, no qual o próprio líder americano exaltava o princípio da soberania nacional.

Com esse tom, Lula reafirmou que a parceria entre Brasil e Estados Unidos só poderá prosperar se baseada no respeito mútuo e na cooperação entre duas grandes democracias.

Leia o artigo na íntegra:

A democracia e a soberania brasileiras são inegociáveis

Luiz Inácio Lula da Silva – New York Times, 14 de setembro de 2025

Decidi escrever este ensaio para estabelecer um diálogo aberto e franco com o presidente dos Estados Unidos. Ao longo de décadas de negociação, primeiro como líder sindical e depois como presidente, aprendi a ouvir todos os lados e a levar em conta todos os interesses em jogo. Por isso, examinei cuidadosamente os argumentos apresentados pelo governo Trump para impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

A recuperação dos empregos americanos e a reindustrialização são motivações legítimas. Quando, no passado, os Estados Unidos levantaram a bandeira do neoliberalismo, o Brasil alertou para seus efeitos nocivos. Ver a Casa Branca finalmente reconhecer os limites do chamado Consenso de Washington, uma prescrição política de proteção social mínima, liberalização comercial irrestrita e desregulamentação generalizada, dominante desde a década de 1990, justificou a posição brasileira.

Mas recorrer a ações unilaterais contra Estados individuais é prescrever o remédio errado. O multilateralismo oferece soluções mais justas e equilibradas. O aumento tarifário imposto ao Brasil neste verão não é apenas equivocado, mas também ilógico. Os Estados Unidos não têm déficit comercial com o nosso país, nem estão sujeitos a tarifas elevadas. Nos últimos 15 anos, acumularam um superávit de US$ 410 bilhões no comércio bilateral de bens e serviços. Quase 75% das exportações dos EUA para o Brasil entram isentas de impostos. Pelos nossos cálculos, a tarifa média efetiva sobre produtos americanos é de apenas 2,7%. Oito dos 10 principais itens têm tarifa zero, incluindo petróleo, aeronaves, gás natural e carvão.

A falta de justificativa econômica por trás dessas medidas deixa claro que a motivação da Casa Branca é política. O vice-secretário de Estado, Christopher Landau, teria dito isso no início deste mês a um grupo de líderes empresariais brasileiros que trabalhavam para abrir canais de negociação. O governo americano está usando tarifas e a Lei Magnitsky para buscar impunidade para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que orquestrou uma tentativa fracassada de golpe em 8 de janeiro de 2023, em um esforço para subverter a vontade popular expressa nas urnas.

Tenho orgulho do Supremo Tribunal Federal (STF) por sua decisão histórica na quinta-feira, que salvaguarda nossas instituições e o Estado Democrático de Direito. Não se tratou de uma “caça às bruxas”. A decisão foi resultado de procedimentos conduzidos em conformidade com a Constituição Brasileira de 1988, promulgada após duas décadas de luta contra uma ditadura militar. A decisão foi resultado de meses de investigações que revelaram planos para assassinar a mim, ao vice-presidente e a um ministro do STF. As autoridades também descobriram um projeto de decreto que teria efetivamente anulado os resultados das eleições de 2022.

O governo Trump acusou ainda o sistema judiciário brasileiro de perseguir e censurar empresas de tecnologia americanas. Essas alegações são falsas. Todas as plataformas digitais, nacionais ou estrangeiras, estão sujeitas às mesmas leis no Brasil. É desonesto chamar regulamentação de censura, especialmente quando o que está em jogo é a proteção de nossas famílias contra fraudes, desinformação e discurso de ódio. A internet não pode ser uma terra de ilegalidade, onde pedófilos e abusadores têm liberdade para atacar nossas crianças e adolescentes.

Igualmente infundadas são as alegações do governo sobre práticas desleais do Brasil no comércio digital e nos serviços de pagamento eletrônico, bem como sua suposta falha em aplicar as leis ambientais. Ao contrário de ser injusto com os operadores financeiros dos EUA, o sistema de pagamento digital brasileiro, conhecido como PIX, possibilitou a inclusão financeira de milhões de cidadãos e empresas. Não podemos ser penalizados por criar um mecanismo rápido, gratuito e seguro que facilita as transações e estimula a economia.

Nos últimos dois anos, reduzimos a taxa de desmatamento na Amazônia pela metade. Só em 2024, a polícia brasileira apreendeu centenas de milhões de dólares em ativos usados em crimes ambientais. Mas a Amazônia ainda estará em perigo se outros países não fizerem a sua parte na redução das emissões de gases de efeito estufa. O aumento das temperaturas globais pode transformar a floresta tropical em uma savana, interrompendo os padrões de precipitação em todo o hemisfério, incluindo o Centro-Oeste americano.

Quando os Estados Unidos viram as costas para uma relação de mais de 200 anos, como a que mantêm com o Brasil, todos perdem. Não há diferenças ideológicas que impeçam dois governos de trabalharem juntos em áreas nas quais têm objetivos comuns.

Presidente Trump, continuamos abertos a negociar qualquer coisa que possa trazer benefícios mútuos. Mas a democracia e a soberania do Brasil não estão em pauta. Em seu primeiro discurso à Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2017, o senhor afirmou que “nações fortes e soberanas permitem que países diversos, com valores, culturas e sonhos diferentes, não apenas coexistam, mas trabalhem lado a lado com base no respeito mútuo”. É assim que vejo a relação entre o Brasil e os Estados Unidos: duas grandes nações capazes de se respeitarem mutuamente e cooperarem para o bem de brasileiros e americanos.

Carro a água: JCB obtém aprovação histórica para motores movidos a hidrogênio na Europa

A JCB conquistou um marco significativo na área de tecnologia sustentável ao obter a aprovação para o uso comercial de seu motor de hidrogênio. A iniciativa, que recebeu um investimento de £100 milhões, torna a empresa pioneira no setor de construção ao desenvolver um motor totalmente funcional com essa tecnologia.

O projeto envolveu três anos de pesquisa e dedicação de uma equipe com 150 engenheiros, resultando na certificação emitida por 11 autoridades europeias, incluindo Reino Unido, Alemanha, França e Espanha. A expectativa é que outros países também concedam homologação até 2025.

Com essa conquista, abre-se o caminho para a comercialização de máquinas agrícolas e de construção movidas a hidrogênio. Segundo Lord Bamford, presidente da JCB, trata-se de um momento histórico para a companhia e para toda a indústria, destacando o potencial do hidrogênio como alternativa de emissão zero para equipamentos pesados.

Até o momento, já foram produzidos mais de 130 motores a hidrogênio, aplicados em retroescavadeiras, manipuladores telescópicos Loadall e geradores da marca. Essas máquinas estão em fase de testes práticos em canteiros de obras e propriedades de clientes, comprovando a eficiência da tecnologia em cenários de alta demanda.

Com a aprovação regulatória, a JCB reafirma sua posição de liderança na transição energética e estabelece um novo parâmetro de inovação sustentável no setor de máquinas pesadas.

 

China deixa claro para os EUA: “a América Latina e o Caribe não são quintal de ninguém”

A resposta chinesa veio após o Comando Sul dos Estados Unidos declarar que Pequim busca um ‘modelo autoritário’ para o continente latino-americano

A China alertou os Estados Unidos, nesta segunda-feira (25), que cesse suas “tentativas de interromper a cooperação” entre Pequim e a América Latina. A resposta chinesa veio após o chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, almirante Alvin Holsey, declarar na última quarta-feira (20/08) que Pequim busca “exportar seu modelo autoritário” para a América Latina por meio dos acordos de cooperação com os países da região.

Por meio de uma declaração do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, citada pela agência de notícias Xinhua, Pequim exortou o governo norte-americano a parar de “semear discórdia” na região.

“Os Estados Unidos deveriam cessar suas tentativas de semear a discórdia e criar problemas do nada e, em vez disso, se concentrar em contribuir mais para o desenvolvimento dos países latino-americanos e caribenhos”, disse Guo.

Na análise do porta-voz, “tais alegações dos EUA não representam nada além de uma narrativa desgastada e divorciada da realidade, que mais uma vez expõe a mentalidade arraigada da Guerra Fria e de confronto”.

O representante também denunciou que “ao longo dos anos, os Estados Unidos não pouparam esforços para interferir e controlar a América Latina e o Caribe” e que “suas ações hegemônicas e intimidatórias são evidentes”.

“A América Latina e o Caribe não são o quintal de ninguém”, enfatizou a autoridade chinesa, acrescentando que a cooperação China-América Latina não tem como alvo outros países e também não deve ser interrompida por eles. “Os países da região têm o direito de escolher independentemente seus caminhos de desenvolvimento e parceiros”, enfatizou.

Guo ainda ressaltou que a cooperação China-América Latina “está alinhada às respectivas necessidades e atende aos interesses comuns de ambos os lados, além de promover vigorosamente o desenvolvimento econômico e social local, ganhando genuína aceitação de países e povos da região”.

“A China sempre aderiu aos princípios de respeito mútuo, igualdade, benefício mútuo, abertura, inclusão e cooperação ganha-ganha na condução da cooperação prática com os países da América Latina e do Caribe em vários campos”, concluiu o porta-voz.

Lula conversa com Macron por telefone sobre tarifaço de Trump e guerra na Ucrânia

Presidentes ainda falaram sobre a COP30 e se comprometerem a aprofundar a cooperação entre Brasil e França no setor de defesa

Lula e Emmanuel Macron (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

  conferência na capital paraense.

Os presidentes também discutiram a guerra na Ucrânia. Macron elogiou a atuação do Grupo de Amigos da Paz, iniciativa liderada por Brasil e China, e destacou a importância da continuidade do diálogo. Lula, por sua vez, demonstrou preocupação com o aumento dos gastos militares no cenário internacional, lembrando que cerca de 700 milhões de pessoas ainda enfrentam a fome. Ele sublinhou que o Brasil saiu recentemente do Mapa da Fome da FAO e defendeu a reforma das instituições multilaterais para garantir uma governança global mais democrática e representativa.

Cooperação bilateral

No campo bilateral, Lula e Macron concordaram em aprofundar a cooperação na área de defesa e reforçar a aliança estratégica entre Brasil e França. Ambos reiteraram a necessidade de maior colaboração entre países desenvolvidos e o Sul Global, com base em regras comerciais acordadas de forma multilateral.

 

Dono do Brasil? A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou, nesta segunda-feira,  “nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções impostas pelos EUA

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou, nesta segunda-feira, uma nota em suas redes sociais reforçando que “nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções impostas pelos EUA ou proteger alguém das severas consequências de descumpri-las”.
A manifestação ocorreu poucas horas após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flavio Dino, decidir que leis e ordens administrativas ou judiciais de outros países não têm efeito automático no Brasil.
Contexto da decisão de Flavio Dino
A manifestação de Dino foi uma resposta direta ao cenário criado após os Estados Unidos incluírem o ministro Alexandre de Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky.
A legislação norte-americana prevê restrições econômicas severas, como o bloqueio de bens e contas bancárias em território americano, além de limitar relações financeiras internacionais de quem está listado.
Posição oficial de Washington sobre Moraes
Na nota, o governo americano foi categórico ao afirmar que Alexandre de Moraes “é tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados”.
Segundo a publicação, a medida é parte da política de combate a violações de direitos humanos e atinge diretamente qualquer tentativa de relação econômica ou institucional com o ministro.
Reforço das sanções e alerta internacional
A embaixada ainda detalhou que, além das proibições impostas aos cidadãos americanos, há advertências a indivíduos e empresas estrangeiras:
“Cidadãos americanos estão proibidos de manter qualquer relação comercial com ele. Já cidadãos de outros países devem agir com cautela: quem oferecer apoio material a violadores de direitos humanos também pode ser alvo de sanções”.
Com essa declaração, os Estados Unidos sinalizam que a pressão internacional sobre Moraes vai além das fronteiras americanas, reforçando o alcance global das sanções e deixando claro que a decisão de Flavio Dino não altera a política externa de Washington.
Pode ser uma imagem de 2 pessoas e a texto que diz "mp.o SOBERANIA NÃO SE NEGOCIA PODER Decisão de outro país Σό vale no Brasil se Justiça validar, diz Dino Determinação de ministro do STF é em cima de ação do Ibram, mas pode limitar impacto da Lei Magnitsky, usada para punir Moraes @jandira_feghali"

Decisões de outros países não valem no Brasil, proíbe Flávio Dino

 

Sem citar a Lei Magnitsky, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino proibiu nesta segunda-feira, restrições “decorrentes de atos unilaterais estrangeiros” por parte de empresas ou outros órgãos que operam no Brasil.

“Desse modo, ficam vedadas imposições, restrições de direitos ou instrumentos de coerção executados por pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no país, bem como aquelas que tenham filial ou qualquer atividade profissional, comercial ou de intermediação no mercado brasileiro, decorrentes de determinações constantes em atos unilaterais estrangeiros”, disse Dino.

A determinação consta de uma ação movida pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) contra ações judiciais movidas por municípios brasileiros na Inglaterra.

O ministro, entretanto, estabeleceu que esse impedimento vale, também, para “leis estrangeiras, atos administrativos, ordens executivas e diplomas similares.”

A Magnitsky é uma lei dos Estados Unidos que permite punir financeiramente cidadãos estrangeiros. Ela permite, por exemplo, impedir que uma pessoa tenha cartão de crédito de grandes bandeiras que operam nos Estados Unidos ou que contrate serviços de empresas que atuem no país.

Seu uso contra o ministro Alexandre de Moraes foi imposto no dia 30 de julho por um ato administrativo do Departamento do Tesouro dos EUA com base numa ordem executiva de 2017 de Trump.

Na decisão desta segunda, Dino afirmou ainda que qualquer bloqueio de ativos, cancelamento de contratos ou outras operações “dependem de expressa autorização” do STF.

Pode ser uma imagem de 1 pessoa, carrinha, automóvel e a texto que diz "CENAS CENASQUEGOSTARÍAMOS QUE GOSTARÍAMOS DE VER... FiR2025 225 BRASIL247 BRASIL"

China confirma abertura de mercado para 183 exportadores brasileiros de café após tarifas dos EUA

Lula consegue uma saída com a China e fortalece produtores nacionais em meio ao desafio das tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre o café brasileiro.

 A China aprovou 183 novas empresas brasileiras para exportar café ao seu mercado, oferecendo um alívio estratégico aos produtores nacionais em um momento de tensão comercial com os Estados Unidos. A informação foi divulgada pela Reuters, que citou uma publicação da embaixada chinesa no Brasil feita no último domingo (3). A medida entrou em vigor em 30 de julho e permitirá que os exportadores brasileiros busquem novas oportunidades em um cenário de incerteza no comércio global.

O movimento ocorre em resposta direta à decisão do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, incluindo o café, com início previsto para 6 de agosto. O setor brasileiro exporta anualmente cerca de 8 milhões de sacas para processadores norte-americanos, e a nova barreira tarifária representa um impacto significativo para a cadeia de produção e comércio do grão.

Segundo a Reuters, os certificados de exportação concedidos pela China terão validade de cinco anos. A abertura deste mercado surge como uma alternativa relevante para os exportadores nacionais, que buscam reduzir a dependência do mercado norte-americano. Em junho, o Brasil exportou 440.034 sacas de 60 quilos para os Estados Unidos, volume quase oito vezes superior ao embarcado para a China, que recebeu pouco menos de 56 mil sacas no mesmo período, de acordo com dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafe).

O Brasil é responsável por cerca de um terço da demanda anual de café dos Estados Unidos, em uma relação comercial avaliada em aproximadamente US$ 4,4 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em junho. A decisão chinesa de ampliar o acesso ao seu mercado sinaliza uma reconfiguração estratégica para os exportadores brasileiros, que podem ter na Ásia um novo vetor de crescimento diante das medidas protecionistas de Washington.

O Ministério da Agricultura e o Cecafe não comentaram imediatamente a decisão. Já a autoridade alfandegária da China não pôde ser contatada, pois o anúncio ocorreu fora do horário comercial no país asiático.

Sob sigilo, chanceler de Lula se encontra com secretário de Trump e pega bolsonaristas de surpresa

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reuniu nesta quarta-feira (30) com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, em Washington. 

 

O encontro foi confirmado pelo Palácio Itamaraty e ocorreu no mesmo dia em que o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou a ordem executiva que impõe tarifa de 50% a produtos exportados brasileiros, mas com uma lista de quase 700 exceções.

Em pronunciamento na Embaixada do Brasil em Washington, após a reunião com Rubio, o chanceler brasileiro afirmou ser “inaceitável e descabida a ingerência na soberania nacional no que diz respeito a decisões do poder judiciário do Brasil, inclusive a condução do processo judicial no qual é réu o ex-presidente Jair Bolsonaro”. 

“Afirmei que o Poder Judiciário é independente no Brasil tanto quanto aqui e que não se curvará em pressões externas nesse sentido. O governo brasileiro se reserva o direito de responder às medidas adotadas pelos EUA. Ao final do encontro, concordamos sobre a necessidade de manter diálogo para solucionar os problemas bilaterais”, relatou Vieira.

O chanceler disse que volta ainda hoje ao Brasil, onde vai relatar ao presidente Lula o teor das conversas nos EUA. A partir daí, serão definidas respostas do Brasil diante da tarifa imposta ao Brasil por Donald Trump.

Vieira já estava em território norte-americano nos últimos dias, onde cumpriu outras agendas em Nova York, e acabou se deslocando à capital do país para o encontro com seu homólogo.

Reação de Eduardo Bolsonaro

Segundo a coluna de Igor Gadelha do portal Metrópoles, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos articulando as sanções contra autoridades brasileiras, soube do encontro pela imprensa.

Eduardo e outras lideranças bolsonaristas vinham desdenhando, nas últimas semanas, nas redes sociais, da ausência de contato de integrantes do governo Lula com autoridades da gestão Trump.

O filho 03 de Jair Bolsonaro também vinha prometendo agir para evitar esse contato tanto por parte de ministros de Lula como da comitiva de senadores que desembarcou em Washington nesta semana.

Temendo essa ação de Eduardo, o próprio Itamaraty manteve a reunião de Mauro Vieira com Marco Rubio em sigilo e só confirmou a conversa quando ela já havia acontecido.

Por que as Terras-Raras do Brasil Viraram Alvo da Disputa Global por Tecnologia e Energia

Lítio, nióbio, cobre, manganês e terras-raras estão no centro de uma das disputas mais intensas do século 21. Muito além de simples recursos minerais, essas matérias-primas tornaram-se peças-chave no xadrez geopolítico global — essenciais para o desenvolvimento tecnológico e para a tão necessária transição energética que o mundo enfrenta.

Esses minérios compõem a base de tecnologias que já moldam o presente e definirão o futuro: carros elétricos, baterias de longa duração, painéis solares, turbinas eólicas, smartphones, computadores de última geração e equipamentos militares sofisticados. Com a crescente pressão para reduzir as emissões de carbono e substituir combustíveis fósseis por fontes limpas, a busca por esses materiais se intensificou.

Segundo um relatório da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), a demanda global por minerais estratégicos deverá crescer em até 1.500% até 2050. É um salto sem precedentes — muito acima da capacidade atual de produção e refino da maioria dos países. Isso cria um cenário preocupante de escassez, aumento de preços e, principalmente, acirramento das disputas por controle de reservas e rotas comerciais.

Agressão dos EUA ao Brasil parte de mentiras e tem como alvo até o Pix

Investigação comercial contra o Brasil envolve acusações falsas e também visa combater a expansão de pagamentos digitais no país

Donald Trump e Lula
Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | ABR)

 Uma nova ofensiva dos Estados Unidos contra o Brasil foi anunciada nesta terça-feira (15), com a abertura formal de uma investigação sob a chamada “Seção 301” da Lei de Comércio norte-americana de 1974. A decisão foi divulgada pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), sob ordens diretas do presidente Donald Trump. As informações são da nota oficial do próprio USTR, publicada no site do governo norte-americano.

A iniciativa é mais um exemplo da agressiva política protecionista da Casa Branca, agora voltada contra o Brasil, baseada em alegações sem fundamento e motivações geopolíticas. O documento norte-americano alega que o Brasil adota políticas “discriminatórias” e “injustificáveis” em áreas como comércio digital, serviços de pagamento eletrônico, tarifas, propriedade intelectual e até meio ambiente. Especialistas e autoridades brasileiras já apontam que a medida tem caráter político e econômico, especialmente para tentar barrar o avanço do Pix, sistema de pagamentos instantâneos que revoluciona o mercado financeiro brasileiro e ameaça diretamente o oligopólio de empresas norte-americanas como Visa e Mastercard no país.

Acusações falsas e ofensiva contra a soberania

Entre as alegações mais absurdas da investigação está a suposta retaliação do Brasil contra empresas americanas de redes sociais — as mesmas plataformas que se recusam a obedecer às leis brasileiras e a decisões judiciais que buscam combater crimes digitais, incluindo discursos de ódio e disseminação de fake news.

O USTR também acusa o Brasil de adotar tarifas discriminatórias, quando na verdade o país pratica tarifas compatíveis com as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), incluindo acordos preferenciais que são comuns em todas as grandes economias do mundo. Em outro ataque infundado, o governo dos EUA afirma que o Brasil falha em combater a corrupção — acusação que ignora as diversas reformas, investigações e legislações anticorrupção implementadas nos últimos anos.

Ameaça ao Pix expõe interesses corporativos dos EUA

Um dos pontos centrais da investida norte-americana é o setor de pagamentos eletrônicos. O USTR afirma que o Brasil “mina a competitividade de empresas norte-americanas” ao supostamente restringir sua atuação. Na prática, o alvo é o Pix, sistema público, gratuito e cada vez mais dominante entre os brasileiros. Desde sua criação pelo Banco Central, o Pix reduziu drasticamente o uso de cartões de crédito e débito — segmento dominado globalmente por empresas dos EUA, como Visa e Mastercard.

Fontes do setor financeiro avaliam que a ofensiva de Trump visa proteger essas corporações, cada vez mais pressionadas pela adoção de um sistema moderno, acessível e que diminui taxas para o consumidor. Ao incluir pagamentos digitais como foco da investigação, os EUA revelam interesse em frear a democratização financeira promovida pelo Brasil.

Defesa do setor produtivo brasileiro

A ofensiva também busca pressionar o Brasil no setor agrícola, acusando o país de supostamente dificultar a entrada do etanol norte-americano, além de repetir discursos preconceituosos sobre o combate ao desmatamento. O governo brasileiro, no entanto, vem avançando em políticas ambientais reconhecidas internacionalmente, incluindo a realização da COP30 em Belém, que já mobiliza recursos e políticas de proteção à Amazônia.

A investigação inclui ainda uma audiência pública marcada para o dia 3 de setembro de 2025, em Washington. Os interessados poderão enviar contribuições até 18 de agosto.

Rejeição nas alturas: com 75% e 74%, Alcolumbre e Hugo Motta lideram ranking de imagem negativa

Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg revela que presidentes do Senado e da Câmara têm maior taxa de desaprovação entre os principais líderes políticos do Brasil

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(Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados )

– Os dois principais nomes do Congresso Nacional enfrentam forte desgaste perante a opinião pública, segundo a mais recente rodada do relatório Latam Pulse, parceria entre AtlasIntel e Bloomberg. O levantamento revela que Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, e Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, são os líderes com as piores avaliações entre os 16 nomes analisados.

A pesquisa, realizada entre os dias 27 e 30 de junho de 2025 com 2.621 brasileiros adultos, mostra que apenas 3% dos entrevistados têm uma imagem positiva de Alcolumbre, enquanto 75% manifestam percepção negativa, resultando em um saldo de imagem de -72 pontos percentuais (p.p.) — o pior entre todos os avaliados. Já Hugo Motta registra 4% de imagem positiva e 74% de negativa, com um saldo de -70 p.p..

A diferença entre imagem positiva e negativa é abissal, contrastando com a percepção de outras figuras políticas de peso. A pesquisa incluiu nomes como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que mantém um equilíbrio relativo (47% de imagem positiva e 53% de negativa, com saldo de -6 p.p.).

Outros líderes com desempenho frágil, embora não tão dramático quanto o de Alcolumbre e Motta, foram Ciro Gomes (24% positivo, 62% negativo, saldo de -38 p.p.) e Ronaldo Caiado (25% positivo, 53% negativo, -28 p.p.).

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A pesquisa seguiu metodologia de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR), com margem de erro de ±2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. 

Moedas nacionais libertam BRICS da pressão ocidental, diz ministro das finanças da Rússia.

Anton Sulianov, ministro das Finanças da Rússia (Foto: TASS)

O uso de moedas locais fortalece o bloco frente às sanções do Ocidente e garante maior estabilidade no comércio entre os países do BRICS

 Durante a 17ª cúpula dos BRICS, realizada no Rio de Janeiro, o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, afirmou que a utilização de moedas nacionais nas transações comerciais entre os países do bloco tem se consolidado como uma alternativa robusta às instituições financeiras ocidentais, frequentemente utilizadas como instrumentos de pressão política, informa o site russo RT. .

Segundo Siluanov, a adoção crescente das moedas locais nas operações comerciais entre os membros dos BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — se intensificou após as sanções impostas à Rússia em decorrência da operação militar especial na Ucrânia, iniciada em 2022. Como resposta ao congelamento de reservas russas em dólares e euros, o bloco acelerou seus esforços para reduzir a dependência das moedas ocidentais.

“A liquidação de transações em moedas nacionais provou sua confiabilidade e independência de instituições de crédito ocidentais que, a qualquer momento, como se viu, podem suspender os pagamentos”, declarou o ministro russo.

Siluanov acrescentou que os países do BRICS estão construindo uma rede de bancos confiáveis com ligações diretas de correspondência, evitando os sistemas financeiros controlados por países que impuseram sanções. Para ele, expandir essa rede é essencial para garantir o fluxo contínuo do comércio e assegurar liquidações comerciais seguras.

A pauta foi discutida também em uma reunião entre os governadores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição criada pelos BRICS em 2015 para financiar projetos em países em desenvolvimento. O ministro russo destacou que Moscou está pronta para propor mecanismos que mitiguem os riscos impostos pelas sanções.

“Tais mecanismos não envolveriam infraestrutura financeira ocidental ou liquidação em moedas dos países que impuseram sanções à Rússia e protegeriam o Novo Banco de Desenvolvimento de possíveis riscos”, afirmou Siluanov.

Como exemplo do sucesso dessa estratégia, o ministro citou o comércio com a China. O volume de negócios entre os dois países alcançou US$ 245 bilhões em 2023, com quase todas as transações sendo realizadas em rublos e yuans.

Desde a exclusão dos principais bancos russos do sistema SWIFT, há dois anos, Moscou e seus parceiros comerciais têm buscado alternativas para reduzir sua vulnerabilidade ao sistema financeiro dominado pelo Ocidente. Entre essas medidas estão o uso de sistemas de mensagens monetárias próprios e a adoção sistemática de moedas nacionais.

A ampliação do BRICS é reflexo do crescente interesse internacional pelo bloco, com mais de 30 países manifestando formalmente o desejo de adesão. Em resposta, o BRICS criou o status de “país parceiro”, anunciado durante a cúpula de Kazan, na Rússia.

A estratégia de desdolarização e fortalecimento de mecanismos financeiros autônomos vem ganhando tração não apenas por razões políticas, mas também como resposta pragmática às limitações e riscos do sistema financeiro global atual. A fala de Siluanov reforça o movimento crescente entre os países do Sul Global pela construção de uma nova ordem econômica internacional, mais equitativa e multipolar.

Casa Branca confirma que o bundão Trump está monitorando Brics no Brasil

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou, nesta segunda-feira (7). O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, monitorou a cúpula dos Brics “de perto”. 

A reunião dos países que compõem o grupo, aconteceu no Rio de Janeiro, no domingo (6) e neste segunda. Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul são so membros originais. Em janeiro de 2024, foram admitidos novos países, incluindo Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.  

“Ele está monitorando [a reunião] de perto. É por isso que ele mesmo fez uma declaração”, disse a porta-voz da Casa Branca durante coletiva de imprensa.

Segundo o governo norte-americano, os Brics têm atuado para “minar os interesses dos Estados Unidos”. O que, para Trump, “não é ok”, acrescentou Leavitt.

No domingo (6), o líder norte-americano prometeu taxar em 10% qualquer país que se aliar ao que classificou como “políticas antiamericanas do Brics”.

Depois da declaração de Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os membros do bloco são “países soberanos”, e alfinetou o líder norte-americano, ao dizer que o mundo não precisa de um “imperador”.

Trump admite que fracassou na tentativa de impor um cessar-fogo na Ucrânia sem atender as demandas russas

Putin reafirma que cumprirá todos os objetivos da Operação Militar Especial

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Donald Trump, participam de uma reunião à margem da cúpula do G20 em Osaka, Japão, em 28 de junho de 2019 (Foto: Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via REUTERS/Foto de arquivo)

Em mais uma tentativa para conter o conflito no Leste Europeu, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na última quinta-feira (3). Segundo informações da agência RT, a ligação, que durou cerca de uma hora, abordou temas como a guerra na Ucrânia, as negociações de paz em andamento e a situação no Irã, mas terminou sem avanços significativos.

“Foi uma ligação bem longa. Conversamos sobre muitas coisas, inclusive sobre o Irã”, declarou Trump a jornalistas antes de embarcar no Air Force One. Segundo ele, também foi discutida a guerra na Ucrânia, tema prioritário da conversa. “Não estou feliz com isso”, afirmou o presidente dos EUA, em referência ao prolongamento do conflito.

Questionado se o diálogo com Putin aproximou um possível cessar-fogo, Trump foi direto: “Não, não fiz nenhum progresso com ele hoje”. Durante a campanha e já empossado no novo mandato, o republicano prometeu buscar uma solução negociada para o conflito ucraniano e chegou a afirmar que encerraria a guerra em 24 horas após reassumir o cargo — declaração que ele mesmo, mais tarde, reconheceu ser exagerada.

Do lado russo, o Kremlin classificou o diálogo como “sincero e empresarial”. O assessor presidencial russo, Yury Ushakov, informou que os líderes concentraram-se especialmente nos desdobramentos das negociações diretas entre Moscou e Kiev, ocorridas recentemente em Istambul.

Ushakov relatou que Trump pediu ao presidente russo o fim imediato das hostilidades. Putin, por sua vez, reafirmou a disposição de Moscou para buscar uma saída política e negociada para o conflito, mas deixou claro que a Rússia continuará perseguindo seus objetivos estratégicos.

“Vladimir Putin observou que continuamos buscando uma solução política e negociada para o conflito. Ele informou seu homólogo sobre o progresso na implementação dos acordos humanitários alcançados em Istambul”, disse o assessor do Kremlin.

Ushakov também reiterou que Moscou não pretende abrir mão de seus interesses. “O presidente da Rússia afirmou que a Rússia se esforçará para atingir seus objetivos – ou seja, a eliminação das causas profundas bem conhecidas que levaram à situação atual, ao confronto amargo que estamos presenciando. A Rússia não recuará desses objetivos”, completou.

A conversa telefônica entre Trump e Putin foi a sexta desde o retorno do republicano à Casa Branca, em janeiro de 2025. Ao longo desses contatos, os temas centrais têm sido o fim da guerra na Ucrânia, o controle de armamentos e a tentativa de restaurar as relações bilaterais entre as duas potências, deterioradas ao extremo durante o mandato do ex-presidente Joe Biden.

Até o momento, o impasse persiste, e as perspectivas de um cessar-fogo imediato continuam distantes, apesar das trocas de telefonemas e das tratativas diplomáticas em curso.

A Bilionária Mais Jovem do Mundo é Brasileira e Tem Só 19 Anos

 

Lívia Voigt, uma estudante de 19 anos de Santa Catarina, acaba de se tornar a bilionária mais jovem do mundo. O feito veio com a herança de aproximadamente R$ 5,5 bilhões em ações da WEG, multinacional brasileira fundada por seu avô.
Vivendo em Florianópolis e cursando psicologia, Lívia não exerce funções na companhia. A irmã mais velha segue os mesmos passos no ranking de bilionários, graças à mesma participação na empresa.

Orgulho Nacional: O Jato Mais Vendido do Mundo é da Embraer

Você sabia que o jato leve mais rápido e mais vendido do mundo é brasileiro? Trata-se do Phenom 300, desenvolvido pela Embraer, um verdadeiro símbolo da aviação executiva moderna. Com velocidade de cruzeiro que atinge impressionantes 839 km/h e alcance superior a 3.600 km, o Phenom 300 se destaca por unir alto desempenho, conforto e tecnologia de ponta como nenhum outro em sua categoria.

Desde o seu lançamento, o modelo tem se destacado no mercado internacional, liderando as vendas entre jatos leves por mais de uma década. Empresários, executivos e operadores de táxi-aéreo ao redor do mundo o escolhem por sua agilidade, segurança e eficiência incomparáveis.

Seu design elegante, o cockpit moderno e a cabine espaçosa refletem o que há de mais avançado na indústria aeronáutica. O Phenom 300 é mais do que um sucesso comercial — é uma demonstração do talento e da inovação brasileira, e segue elevando o nome do Brasil aos céus, ano após ano.