Copom decide estabilidade da taxa de juros para conter inflação acima da meta, com unanimidade e previsão de manutenção por período prolongado
Diretoria do Banco Central, que compõem o Comitê de Política Monetária, posa para foto (Foto: Raphael Ribeiro/BC)
O Banco Central do Brasil, em decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), optou por manter a taxa Selic em 15% ao ano, o maior patamar registrado desde julho de 2006, em uma decisão unânime confirmada nesta quarta-feira (17).
A medida era amplamente esperada pelo mercado financeiro, que já contava com a manutenção dos juros após uma série de altas iniciada em setembro de 2024.
Impactos e comparativos internacionais
Com juros nominais fixados em 15%, o Brasil possui uma das mais altas taxas reais de juros do mundo, segundo monitoramentos das consultorias MoneYou e Lev Intelligence. Esse elevado custo do dinheiro impacta diretamente o crédito, tornando empréstimos e financiamentos mais caros, o que pode frear o crescimento econômico e limitar o consumo.
Além disso, taxas elevadas podem gerar reflexos no câmbio, nos investimentos produtivos e na pressão sobre setores que dependem de financiamento, especialmente diante de um cenário externo incerto.
A Receita espera receber mais de 46 milhões de declarações do IR em 2025
Em 2025, a Receita Federal espera receber 46,2 milhões de declarações do Imposto de Renda, ou seja, cerca de um quinto da população terá que prestar contas ao Fisco neste ano. Afinal, quem precisa declarar o Imposto de Renda?
A obrigatoriedade está relacionada aos ganhos recebidos e ao patrimônio do contribuinte em 2024, conforme a normativa 2255, divulgada pela Receita Federal em março deste ano.
Veja quem precisa declarar o Imposto de Renda:
Rendimentos acima de R$ 33.888: quem recebeu rendimentos tributáveis, como salário, férias, aposentadoria ou pensão por morte, acima de R$ 33.888 é obrigado a fazer a declaração do Imposto de Renda.” Se, em 2024, a pessoa recebeu mais de R$ 33.888, ela tem que declarar este ano. Se ela recebeu outros tipos de rendimentos que não são os tributáveis, mas são rendimentos isentos ou com tributação exclusiva na fonte de valor superior a R$ 200 mil, também está obrigada. Quem possuía, em 31 de dezembro de 2024, somatório de bens acima de R$ 800 mil também está obrigado a declarar”, explica o auditor-fiscal da Receita Federal, José Carlos Fonseca.
Atividade rural: é obrigatória a declaração para quem teve receita bruta acima de R$ 169.440 ou pretende compensar prejuízos de 2024 ou anos anteriores.
Investimentos fora do país: “A Lei nº 14754 determinou que o imposto que se paga desses rendimentos de aplicações no exterior deixou de ser mensal e passou a ser anual. Então, ano passado, em 2024, não houve cobrança de imposto sobre os rendimentos recebidos em 2024, porque agora, eles deverão ser colocados na declaração deste ano, de 2025, e vão ser tributados nesta declaração”, diz o auditor-fiscal.
Valores de imóveis: quem tem imóveis e os valores foram atualizados no final de 2024, com o pagamento de um imposto sobre ganho de capital diferenciado de 4%, também está obrigado a declarar, segundo o auditor-fiscal.
Residente no Brasil: quem passou à condição de residente no Brasil em 2024 também deve apresentar a declaração do Imposto de Renda.
Não sou obrigado a declarar o IR, mas posso fazer?
Agora, surge outra questão: se a pessoa não for obrigada a declarar, ela pode fazer isso voluntariamente?
O professor Deypson Carvalho, coordenador adjunto do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), esclarece:
“A pessoa física, ainda que desobrigada, pode apresentar a Declaração de Ajuste Anual à Receita Federal do Brasil, observando-se que é vedado a um mesmo contribuinte constar simultaneamente em mais de uma declaração, seja como titular ou dependente, exceto em casos de alteração na relação de dependência no ano-calendário de 2024”.
“Quem optar por receber através de Pix e também fazer a declaração pré-preenchida terá prioridade sobre quem apenas fizer a pré-preenchida ou aceitar o pagamento via Pix. Vale lembrar que as prioridades legais foram mantidas, beneficiando idosos, pessoas com deficiência, doentes graves e aqueles cuja maior fonte de renda seja o magistério.”
Há mudanças, ainda, em campos da declaração como, por exemplo, no fim da exigência do preenchimento de título de eleitor, códigos de consulado e embaixada para residentes no exterior e número da última declaração.
Além disso, o aplicativo Meu Imposto de Renda foi extinto. A declaração deve ser feita pelo aplicativo da Receita Federal ou pela plataforma Gov.br. O prazo para declaração do Imposto de Renda 2025 começou no dia 17 de março e vai até o dia 30 de maio. Para quem deseja fazer a declaração pré-preenchida, os dados completos serão disponibilizados a partir de 1º de abril.
Se eu não declarar o IR, o que ocorre?
As sanções para quem não entrega a declaração vão desde multa mínima de R$ 165,74 a 20% do imposto devido até a alteração do CPF para “pendente de regularização” pela Receita Federal, o que impede o contribuinte de realizar transações bancárias.
Atos de vandalismo no Ceará fazem 5 provedores de internet encerrarem operações e outros 10 estão em processo para fechar.
Foto: reprodução
Pelo menos cinco provedoras de internet no Ceará precisaram encerrar suas operações devido a ataques realizados por grupos criminosos às empresas. A informação é da Associação dos Provedores Do Ceará (Uniproce). Os nomes não foram divulgados por questões de segurança, segundo a entidade.
Quem se manifestou publicamente, apenas, foi a GPX Telecom, que atuava há nove anos em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo publicado nas redes sociais oficiais da GPX, as estruturas da empresa foram destruídas.
“Infelizmente, em menos de 20 minutos, atos de vandalismo devastaram tudo o que construímos com tanto esforço e comprometimento, levando-nos a tomar a difícil decisão de encerrar nossas operações”, disse.
A GPX Telecom afirmou ainda que preza pela legalidade e qualidade dos serviços. “Esperamos por justiça diante dessa situação alarmante que afeta a todos nós”, aponta a nota.
O Diário do Nordeste procurou a GPX Telecom para obter mais detalhes sobre o fechamento, mas não obteve retorno.
Outras dez empresas prestadoras de serviços de internet e telefonia estão em processo de fechamento, segundo a Uniproce. Os ataques de grupos criminosos começaram desde pelo menos fevereiro.
Entre os episódios, está a queima de carros e lojas das prestadoras e ameaça a funcionários. A Polícia Federal foi acionada para apoiar as investigações.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que não recebeu formalmente denúncias sobre este problema nem petições relacionadas ao tema. A agência ressaltou que o problema se trata de uma questão de segurança pública e não regulatória.
O Ceará tem 1116 prestadores de banda larga autorizados. 596 destes têm menos de cinco mil assinantes e utilizam fibra.
CONTROLE DO SERVIÇO DE TELECOMUNICAÇÕES
O objetivo das facções é controlar o serviço de telecomunicações em algumas regiões. Para isso, eles ameaçam provedores de internet e cobram até 60% do faturamento das empresas para não interromper as operações.
Membros do Comando Vermelho chegam a prometer aos empresários que, se um acordo for fechado, a facção pode ordenar que determinada região contrate apenas aquela empresa para fornecer internet.
A Prefeitura de Afogados da Ingazeira inicia nesta quinta (27) o pagamento do funcionalismo público municipal, incluindo servidores da ativa, aposentados e pensionistas.
Com o pagamento, referente ao mês de fevereiro, a Prefeitura de Afogados vai injetar 4,9 milhões de reais na economia local, aquecendo as vendas no comércio nesses dias que antecedem a realização do carnaval 2025.
“Mais um mês garantindo o pagamento dos nossos servidores em dia, com planejamento e organização financeira, para garantir que os nossos servidores possam, caso queiram, brincar o seu carnaval com mais tranquilidade,” afirmou a secretária municipal de finanças, Lúcia Gomes.
O pagamento dos servidores será concluído na sexta (28). Confira o calendário na íntegra:
Quinta-feira (27) – Secretarias de Administração, Assistência Social, Agricultura, Assuntos Jurídicos, Controle Interno, Cultura e Esportes, Finanças, Governo, Infraestrutura, Meio Ambiente, Mulher, Planejamento e Gestão, Trânsito e Transportes, além do Gabinete, Ouvidoria e Assessoria Especial.
Aposentados/pensionistas com vencimentos de até R$ 3.000,00.
Sexta-feira (28) – Secretarias de Educação e de Saúde, além de Aposentados e Pensionistas com vencimentos acima de R$ 3.000,00.
Agência Brasil – Embalada pelo aquecimento da produção e do consumo, o faturamento real (descontada a inflação) da indústria de transformação cresceu 5,6% em 2024, divulgou nesta sexta-feira (7) a pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mesmo tendo caído 1,3% de novembro para dezembro, o setor teve o maior crescimento anual desde 2010.
Segundo a CNI, a demanda por bens industrializados foi estimulada pelo baixo desemprego, pelo aumento de gastos do governo e pela maior concessão de crédito. A combinação desses fatores, aponta a entidade, manteve o consumo e o investimento aquecidos, o que se refletiu no maior faturamento.
O número de horas trabalhadas na produção cresceu 4,2% no ano passado em relação a 2023. Em dezembro, no entanto, o índice diminuiu 1,3%, mostrando desaceleração da indústria no fim de 2024.
A utilização da capacidade instalada (UCI) caiu 0,8 ponto percentual em dezembro, fechando 2024 em 78,2%, na série livre de efeitos sazonais (sem oscilações típicas da época do ano). Na média do ano passado, a UCI cresceu 0,6 ponto percentual em relação a 2023.
O bom desempenho da indústria em 2024 também se reflete no mercado de trabalho. No ano passado, o número de postos de trabalho ativos no setor subiu 2,2%. A massa salarial cresceu 3%, e o rendimento médio do trabalhador industrial aumentou 0,8%.
Em dezembro, porém, os indicadores não foram tão bons. O nível de postos de trabalho manteve-se estável, mas a massa salarial e o rendimento médio do trabalhador recuaram 0,5% no mês.
Realizada desde 1992 em parceria com as federações estaduais da indústria, a pesquisa identifica, mensalmente, a evolução de curto prazo da atividade da indústria de transformação. Os estados pesquisados respondem por mais de 90% do produto industrial brasileiro.
A agiotagem, prática de emprestar dinheiro a juros abusivos, é um crime praticado contra o mercado financeiro que causa danos significativos à economia e à vida das pessoas.
Abaixo estão alguns dos piores impactos e possíveis formas de tratar essa questão:
Danos Causados pela Agiotagem:
1 – Endividamento Crônico da População:
– Os juros exorbitantes cobrados pelos agiotas levam as pessoas a um ciclo de dívidas interminável, muitas vezes impossível de quitar. Isso compromete a renda familiar e reduz o poder de consumo, afetando o comércio local.
2 – Inibição do Crescimento Econômico:
– Com grande parte da renda destinada ao pagamento de juros, há menos recursos para investimentos produtivos, como pequenos negócios ou educação, o que freia o desenvolvimento econômico da cidade.
3 – Aumento da Desigualdade Social:
– Enquanto os agiotas enriquecem rapidamente, muitas famílias empobrecem, ampliando a desigualdade social e criando um ambiente de tensão e insegurança.
4 – Desestabilização do Mercado Formal:
– A agiotagem concorre de forma desleal com instituições financeiras regulamentadas, que seguem as taxas de juros estabelecidas pelo governo. Isso desincentiva o uso de crédito formal e prejudica o sistema financeiro legítimo.
5 – Violência e Insegurança:
– A cobrança de dívidas muitas vezes envolve métodos coercitivos e violentos, aumentando a criminalidade e a sensação de insegurança na cidade.
6 – Efeito Psicológico na População:
– O medo e o estresse causados pela dívida e pela pressão dos agiotas afetam a saúde mental das pessoas, reduzindo sua produtividade e qualidade de vida.
Como Tratar a Questão:
1 – Fortalecimento da Educação Financeira:
– Promover campanhas de conscientização sobre os riscos da agiotagem e ensinar a população a buscar alternativas de crédito formal, como empréstimos bancários ou cooperativas de crédito.
2 – Acesso a Crédito Popular:
– Criar ou ampliar programas de microcrédito com juros baixos e condições acessíveis, especialmente para pequenos empreendedores e famílias de baixa renda.
3 – Ação Eficaz das Autoridades:
– Intensificar a fiscalização e a repressão à agiotagem, com denúncias anônimas e investigações para identificar e punir os agiotas. A polícia e o Ministério Público devem atuar de forma coordenada.
4 – Incentivo ao Empreendedorismo:
– Oferecer capacitação e apoio financeiro para que as pessoas possam gerar renda de forma legítima, reduzindo a dependência de empréstimos informais.
5 – Parcerias com Instituições Financeiras:
– Estimular bancos e cooperativas a oferecerem produtos financeiros acessíveis, com taxas de juros compatíveis com a realidade local.
6 – Conscientização da Comunidade:
– Envolver líderes comunitários, igrejas e associações locais na luta contra a agiotagem,
7 – *Apoio Psicológico e Social:*
– Oferecer assistência psicológica e jurídica para vítimas de agiotagem, ajudando-as a lidar com o endividamento e a reconstruir suas vidas.
Conclusão:
A agiotagem é um problema complexo que exige ações integradas entre governo, sociedade e instituições financeiras. Combater essa prática não só protege a economia local, mas também promove justiça social e melhora a qualidade de vida da população. A chave está em oferecer alternativas viáveis de crédito e conscientizar as pessoas sobre os riscos de recorrer a empréstimos ilegais.
*Jalvacy Dantas é paraibano radicado em Sertânia, com um título sertaniense pela sua contribuição na economia e na criação de renda e emprego no município através de suas empresa. Foi vice-prefeito e secretário de Indústria e Comércio do município. Também um grande incentivador e entusiasta da cultura regional.
A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em 1 ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de dezembro.
Em comunicado, o Copom afirmou que as incertezas externas, principalmente nos Estados Unidos, suscitam dúvidas sobre a postura do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). Em relação ao Brasil, o texto informa que a economia brasileira está aquecida, com a inflação cheia e os núcleos (medida que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia) acima da meta de inflação, e que as incertezas sobre os gastos públicos provocaram perturbações nos preços dos ativos.
“O comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes”, destacou o comunicado.
Em relação às próximas reuniões, o Copom confirmou que elevará a Selic em 1 ponto percentual na reunião de março, mas não informou se as altas continuarão na reunião de maio, apenas que observará a inflação. “Para além da próxima reunião, o comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação”, ressaltou.
Essa foi a quarta alta seguida da Selic. A taxa está no maior nível desde setembro de 2023, quando também estava em 13,25% ao ano. A alta consolida um ciclo de contração na política monetária.
Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e uma de 1 ponto percentual.
Inflação.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, ficou em 0,52%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar da bandeira verde nas contas de luz, o preço dos alimentos, principalmente da carne e de algumas frutas, continuou a subir.
Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,83% em 2024, acima do teto da meta do ano passado. Pelo novo sistema de meta contínua em vigor a partir deste mês, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.
Momento Sputnik: Nvidia perde o equivalente a sete Petrobras em valor na Bolsa com proeza da IA chinesa
As 500 pessoas mais ricas do mundo perderam juntas US$ 108 bilhões nesta segunda (27), com destaque para bilionários ligados à inteligência artificial. Jensen Huang, cofundador da Nvidia, perdeu US$ 20,1 bilhões, enquanto Larry Ellison, da Oracle, teve um prejuízo de US$ 22,6 bilhões.
A venda massiva de ações foi impulsionada pelo desenvolvedor chinês DeepSeek, cujo chatbot gratuito, DeepSeek R1, atraiu milhões de usuários em pouco tempo, causando instabilidade no aplicativo.
A chegada da DeepSeek abalou o setor ao desenvolver um modelo de IA avançado com um orçamento de apenas US$ 5,6 milhões, desafiando o modelo do Vale do Silício baseado em altos gastos.
A empresa conseguiu contornar as limitações de exportação de GPUs impostas pelos EUA, utilizando cerca de 50 mil chips de ponta.
Foto: Bloomber/Greg Baker/AFP
Jensen Huang, CEO da Nvidia, apresenta novo chip na CES 2025, em Las Vegas — Foto: Bridget Bennett/Bloomberg
RESUMO.
“Não há nada que você faça bem que um prodígio chinês ainda criança não faça melhor.” Nesta segunda-feira, o misto de truísmo e gracejo que circula há tempos na internet calou fundo, mas no bolso dos investidores do Ocidente.
Diante da proeza técnica da DeepSeek — a firma chinesa que treinou modelos de inteligência artificial ultra-sofisticados a custo menor que o de rivais americanas e sem acesso a chips ocidentais badalados —, as Bolsas americanas revivem o “Momento Sputnik” da Guerra Fria e sangram centenas bilhões de dólares no pregão desta segunda-feira.
O índice Nasdaq, composto por companhias de tecnologia e que foi inflado nos últimos anos graças à demanda quase irrestrita por ações de empresas de IA, despenca 3,4%. É uma reação óbvia à percepção de que companhias que pareciam imparáveis enfrentarão, na verdade, uma competição à altura vinda de firmas que se desenvolveram fora do radar e do hype ocidental sobre a IA.
Nenhuma companhia representa mais esse baque do que a Nvidia, o colosso californiano que foi alçado ao rol das empresas mais valiosas do planeta graças à demanda por seus chips de IA.
Acontece que a DeepSeek não precisou usar os processadores mais sofisticados da Nvidia para criar aplicações mais eficientes que seus pares americanos, fazendo com que os investidores passassem a reavaliar a precificação atribuída à companhia de Jensen Huang.
A ação da Nvidia despenca mais de 16% na Bolsa nesta segunda, perdendo US$ 580 bilhões em valor de mercado — o equivalente a quase sete Petrobras — em um único pregão.
A companhia ainda vale US$ 2,9 trilhões, mas perdeu o posto de segunda companhia mais valiosa do mundo para a Microsoft, no ranking liderado pela AI
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quinta-feira (16), com vetos, o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo. O chefe do Executivo assinou a nova lei em evento no Palácio do Planalto, que ainda deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Lula chamou de “milagre” a sanção da reforma e da sua regulamentação. “Fazer o que nós fizemos em um regime democrático com um Congresso, onde o meu partido só tinha 70 deputados e 9 senadores, fazer isso com imprensa livre, sindicato livre e empresário podendo falar o que quiser, demonstra que a democracia é a melhor forma de governança que existe no planeta Terra”, disse Lula.
No evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reforma, com a devida regulamentação, é o “maior legado” que Lula poderá deixar para a economia brasileira. “Estamos plantando hoje um futuro mais eficiente e mais amplo”, disse o ministro.
Haddad já havia anunciado que o texto teria vetos do governo para evitar interpretações dúbias e insegurança jurídica. Na véspera do fim do prazo para sanção, Lula teve uma reunião com a equipe econômica.
A lei sancionada determina regras sobre os novos impostos criados pela reforma, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que é federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que tem competência estadual e municipal.
De forma gradual, a CBS substituirá o Pis, Cofins e IPI, enquanto o IBS será cobrado no lugar do ICMS e ISS.
O projeto sancionado também define detalhes sobre o Imposto Seletivo (IS), conhecido como “imposto do pecado”, que incide sobre itens considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Essa taxação será “extra”, cobrada além da CBS e IBS.
O período de transição da reforma, com o início das mudanças definitivas, começa a partir de 2027. No caso do IBS, a cobrança será implementada gradualmente de 2029 até 2033, quando substituirá definitivamente o ICMS e o ISS.
Pauta prioritária
Considerado tema prioritário para o governo, a regulamentação era um dos compromissos dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deixarão os cargos em 1° de fevereiro.
Além de ministros e demais integrantes do governo, participaram do evento desta quinta Pacheco; o relator do projeto no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM); e o relator na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG).
A picanha e a cerveja, produtos citados diversas vezes pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha eleitoral de 2022, encerraram 2024 com preços mais altos devido ao aumento da inflação, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Como noticiado pela CNN, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, encerrou 2024 em 4,83%.
Os maiores impactos sobre a inflação de 2024 vieram do grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses e contribuiu com 1,63 pontos percentuais para o IPCA do ano. As carnes registraram um aumento de 20,84% em 2024.
A picanha, carne nobre citada diversas vezes por Lula durante a campanha eleitoral, subiu acima da média da inflação do grupo alimentação e bebidas, registrando uma alta de 8,74% em 2024. Já o preço da cerveja subiu 4,5% durante o período.
“Vamos voltar a reunir a família no domingo, com churrasquinho e vamos comer uma fatia de picanha e tomar uma cerveja gelada”, afirmou o presidente em 2022.
“Nós vamos voltar a comer picanha, é tudo que o povo quer. O povo gosta de coisa boa”, disse Lula em outra oportunidade.
O patinho, carne mais acessível e utilizada no dia a dia de muitos brasileiros, registrou uma alta ainda maior, fechando o ano 24% mais cara.
O ovo de galinha, por outro lado, ficou mais barato. A opção de proteína fechou o ano com uma deflação de 4,54%.
Inflação fora da meta
A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e a ser perseguida pelo Banco Central (BC) era de inflação a 3%, com margem de tolerância de 1,5% — ou seja, até 4,50%.
Com isso, o índice fechou o ano 0,33 ponto percentual acima do teto da meta e 0,21 p.p superior ao IPCA de 2023, de 4,62%.
Assim, o Banco Central terá que explicar ao governo os motivos de o objetivo não ter sido cumprido.
A instituição informou que irá divulgar, ainda nesta sexta-feira, às 18h, a carta aberta ao presidente do Conselho Monetário Nacional, ministro Fernando Haddad, sobre o estouro da meta.
Novas regras da Receita para a fiscalização de transferências financeiras não implicam em novos impostos
O reforço na fiscalização de transferências via Pix e cartão de crédito não significa criação de impostos, esclareceu nesta semana a Receita Federal. Em comunicado, o Fisco desmentiu informações falsas que circularam nas redes sociais nos últimos dias sobre cobrança de imposto para transferências digitais.
Em 1º de janeiro, entraram em vigor as novas regras da Receita Federal para a fiscalização de transferências financeiras. A principal mudança foi a extensão do monitoramento de transações financeiras às transferências Pix que somam pelo menos R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.
Além das transações Pix, esses limites também valem para as operadoras de cartão de crédito e as instituições de pagamento, como bancos digitais e operadoras de carteiras virtuais. Elas deverão notificar à Receita operações cuja soma mensal ultrapassa esse teto. Os bancos tradicionais, as cooperativas de crédito e instituições que operam outras modalidades de transação já tinham de informar à Receita sobre esses valores.
Gerenciamento de risco.
Segundo a Receita, a instrução normativa que reforçou a fiscalização permite “oferecer melhores serviços à sociedade”. Como exemplo, o comunicado cita que os valores fiscalizados entrarão da declaração pré-preenchida do Imposto de Renda de 2026 (ano-base 2025), reduzindo divergências e erros que levam o contribuinte à malha fina.
O comunicado afirma que a Receita modernizou a fiscalização para incluir novos tipos de instituições do sistema financeiro, como fintechs e carteiras virtuais. No caso do cartão de crédito, o Fisco extinguiu a Declaração de Operações com Cartões de Crédito (Decred), criada em 2003, e a substituiu por um módulo para cartões de crédito dentro da e-Financeira, plataforma que reúne arquivos digitais de cadastro, abertura e fechamento de contas e operações. A e-Financeira opera dentro do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), criado em 2007 e que processa, por exemplo, as notas fiscais eletrônicas.
Sigilo bancário e fiscal.
No comunicado, a Receita também explicou que o reforço na fiscalização não desrespeitará as leis que regulam os sigilos bancário e fiscal, sem identificar a natureza ou a origem das transações. “A medida visa a um melhor gerenciamento de riscos pela administração tributária, a partir da qual será possível oferecer melhores serviços à sociedade, em absoluto respeito às normas legais dos sigilos bancário e fiscal.”
A Receita reiterou que a e-Financeira não identifica o destinatário das transferências de uma pessoa ou empresa para terceiros, via Pix ou Transferência Eletrônica Disponível (TED). O sistema, explicou o Fisco, soma todos os valores que saíram da conta, inclusive saques. Se ultrapassado o limite de R$ 5 mil para pessoa física ou de R$15 mil para pessoa jurídica, a instituição financeira informará a Receita Federal.
Em relação aos valores que ingressam em uma conta, a e-Financeira apenas contabiliza as entradas, sem individualizar sequer a modalidade de transferência, se por Pix ou outra. Todos os valores, informou a Receita, são consolidados, devendo ser informados os totais movimentados a débito e a crédito em determinada conta, sem especificar os detalhes das transações.
As instituições financeiras enviarão os relatórios à Receita Federal a cada seis meses. As informações referentes ao primeiro semestre deverão ser prestadas até o último dia útil de agosto. Os dados do segundo semestre serão apresentados até o último dia útil de fevereiro, prazo que permitirá a inclusão na declaração pré-preenchida do Imposto de Renda, na metade de março. As informações são da Agência Brasil.
A Receita Federal ampliou a fiscalização sobre transações via Pix acima de R$ 5 mil por mês feitas por pessoas físicas. A medida tem gerado polêmicas e dúvidas sobre o seu funcionamento. Leia, a seguir, perguntas e respostas para entender o tema.
O que a Receita Federal decidiu?
Com as novas regras, as empresas operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento serão obrigadas a notificar à Receita operações que somarem mais de R$ 5 mil no caso das pessoas físicas. O limite para pessoas jurídicas é de R$ 15 mil mensais.
Quando entra em vigor?
A nova regra foi publicada pelo órgão em setembro do ano passado e entrou em vigor a partir de 1º de janeiro deste ano.
Por que isso foi decidido?
Segundo a Receita, a intenção da medida é aumentar o controle sobre operações financeiras e facilitar a fiscalização contra evasão fiscal e sonegação de impostos.
O que mudou?
Antes da nova regra, as informações já eram prestadas à Receita Federal pelos bancos tradicionais, públicos e privados. Agora as operadoras das instituições de pagamento também serão obrigadas a fornecerem esses dados
Quais operações serão monitoradas?
A nova regra define que as empresas devem repassar as informações caso o somatório mensal de valores movimentados na conta seja maior do que R$ 5 mil.
Ou seja, não é apenas um Pix de R$ 5 mil que será monitorado. Se uma pessoa fizer várias transferências menores que superem esse valor, ela também terá as informações repassadas.
As operações feitas entre contas do mesmo titular também serão monitoradas.
A quais dados a Receita terá acesso?
A Receita Federal já tem acesso a informações fundamentais de cidadãos, como nome, endereço, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e número das contas bancárias.
Em nota, o órgão esclareceu que, com as informações repassadas pelas empresas, não há “qualquer elemento que permita identificar a origem ou a natureza dos gastos efetuados”. Segundo a Receita, as novas normas estão em “absoluto respeito às normas legais dos sigilos bancário e fiscal.”
Vale só para Pix?
Não, a regra vale para qualquer tipo de movimentação financeira, seja TED, DOC, Pix, saque ou depósito de dinheiro.
As novas regras criam um novo imposto?
Não. Nesta terça, a Receita reforçou que as medidas não criam uma nova cobrança de imposto ou tributos sobre o uso do Pix.
Quem movimentar mais de R$ 5 mil por mês terá problemas com a Receita?
Não necessariamente. A Receita Federal receberá as informações e cruzará com os dados informados pelos contribuintes no Imposto de Renda e a partir de uma série de fatores decidirá se a pessoa cairá na malha fina ou não.
Há nas instituições financeiras cerca de R$ 8,7 bilhões em “dinheiro esquecido”, segundo atualização mais recente do Banco Central (BC). O levantamento considera os valores computados até novembro de 2024.
O Sistema de Valores a Receber (SVR) é uma ferramenta que permite consultar se pessoas físicas, inclusive falecidas, e empresas têm valores “esquecidos” em bancos, consórcios ou outras instituições financeiras.
Segundo o BC, o número de beneficiários é dividido entre 44,5 milhões de pessoas físicas e 3,9 milhões de pessoas jurídicas.
Confira a oscilação dos valores a receber em 2024:
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Abril: R$ 8,2 bilhões;
Maio: R$ 8,4 bilhões;
Junho: R$ 8,5 bilhões;
Julho: R$ 8,56 bilhões;
Agosto: R$ 8,6 bilhões;
Setembro: R$ 8,54 bilhões;
Outubro: R$ 8,72 bilhões;
Novembro: R$ 8,7 bilhões.
Ainda dá para sacar o dinheiro esquecido?
O prazo para sacar os valores terminou em 16 de outubro. A partir dessa data, os recursos esquecidos foram incorporados ao Tesouro Nacional. Porém, é esperada a publicação de um edital para detalhar as regras para novas rodadas de saques.
Assim, as pessoas físicas e empresas terão 30 dias após a publicação do edital para voltar a reivindicar o dinheiro esquecido. Depois desse período, haverá mais seis meses — a partir da publicação do edital — para pedir judicialmente os valores.
Se nos próximos 25 anos as pessoas físicas e jurídicas que têm direito ao dinheiro esquecido não fizerem a solicitação, ele será incorporado de forma definitiva ao patrimônio da União.
A mudança ocorre porque, em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou um projeto que permite que o governo federal incorpore os recursos não sacados.
Esse é um dos pontos que passaram pelo crivo do Executivo e do Legislativo para compensar a manutenção da desoneração da folha de pagamentos neste ano, que tem um rombo estimado de R$ 25 bilhões no Orçamento de 2024.
Veja lista de medidas compensatórias:
“Desenrola” das agências reguladoras;
Pente-fino em benefícios sociais feito pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
Repatriação de recursos internacionais;
Valores esquecidos em bancos a partir do ano que vem e depósitos judiciais abandonados;
Atualização do Regime Especial Regularização Cambial e Tributária (RERCT);
Atualização do valor de bens imóveis para o valor de mercado; e
Limitação de benefícios fiscais a empresas.
Como consultar o “dinheiro esquecido” no SVR?
Para saber se tem algum valor a receber, basta acessar a página valoresareceber.bcb.gov.br e informar o CPF e a data de nascimento.
Por que a Meta abandonou a checagem de fatos?
Imagine um mundo onde as próprias pessoas ajudam a decidir o que é verdadeiro ou não na internet. É essa a proposta da Meta, dona do Facebook e Instagram, que decidiu encerrar seu programa de checagem de fatos para adotar as “notas da comunidade”. Esse sistema, inspirado no antigo Twitter (hoje X), permite que os usuários adicionem contexto às postagens, tornando a moderação mais colaborativa.
Segundo Mark Zuckerberg, CEO da Meta, a mudança visa reduzir a remoção acidental de conteúdos e focar em violações mais graves, como casos de ilegalidade. Mas o que levou a gigante das redes sociais a tomar essa decisão tão polêmica?
De “tribunais secretos” a Trump: Zuckerberg ataca regulações globais
Em declarações que causaram alvoroço, Zuckerberg afirmou que países latino-americanos possuem “tribunais secretos” que podem forçar a remoção de conteúdos de forma silenciosa. Ele também criticou as leis da Europa, que, segundo ele, dificultam a inovação ao institucionalizar a censura.
Além disso, Zuckerberg anunciou que trabalhará ao lado de Donald Trump, recém-eleito presidente dos EUA, para combater o que considera pressões globais por mais censura. Essa aliança entre tecnologia e política pode mudar drasticamente o cenário das redes sociais.
Notas da comunidade: uma solução ou mais problemas?
As notas da comunidade não são exatamente uma novidade. O X, de Elon Musk, já utiliza o recurso, e Zuckerberg parece estar apostando alto nessa ideia. Mas será que confiar no julgamento dos próprios usuários é uma boa ideia?
Curiosidades: a evolução das redes sociais na moderação
Facebook vs. MySpace: No início, o Facebook era apenas uma rede para universitários. Hoje, molda debates globais. Moderadores invisíveis: Muitas vezes, os conteúdos das redes sociais passam por análises humanas antes de serem removidos.
Notas explicativas no X: Alguns casos mostram que essas notas podem evitar a disseminação de informações falsas, mas também geram debates acalorados.
As novas regras de monitoramento da Receita Federal buscam ampliar o alcance da fiscalização de leão, a fim de mitigar eventuais sonegações de impostos.
Porém, dentre as informações que as empresas deverão disponibilizar ao Fisco, não consta “qualquer elemento que permita identificar a origem ou o destino dos recursos utilizados nas operações financeiras”, segundo a instrução normativa da Receita.
Além de a mudança não implicar em aumentos de tributação, a Receita esclarece que a medida visa “absoluto respeito às normas legais dos sigilos bancário e fiscal”.
“[Trata-se] de medida que visa a um melhor gerenciamento de riscos pela administração tributária, a partir da qual será possível oferecer melhores serviços à sociedade”, escreve o leão em seu portal institucional.
De um lado, o Fisco limitou seu foco. Agora, interessam as informações sobre pessoas físicas que realizem transações mensais totalizando R$ 5 mil ou mais, enquanto antes o piso era de R$ 2 mil. Já para pessoas jurídicas, o valor passou de R$ 5 mil para R$ 15 mil.
Por outro lado, a abrangência foi ampliada. Antes, apenas os bancos tradicionais, públicos e privados, forneciam as informações.
Agora, a nova regra inclui no alcance da Receita as operadoras de cartões de crédito, instituições de pagamento – inclusive plataformas e aplicativos -, bancos virtuais e varejistas de grande porte.
A seguir, confira na íntegra quais são os dados que entram na mira do Fisco:
Saldo no último dia útil do ano de qualquer conta de depósito, de poupança ou de pagamento do tipo pré-paga ou pós-paga e contas em moeda eletrônica, com base em quaisquer movimentações, tais como pagamentos efetuados em moeda corrente ou em cheques, emissão de ordens de crédito ou documentos assemelhados ou resgates à vista e a prazo, discriminando o total do rendimento mensal bruto pago ou creditado à conta, acumulados anualmente, mês a mês;
Saldo no último dia útil do ano de cada aplicação financeira, bem como os correspondentes somatórios mensais a crédito e a débito, com base em quaisquer movimentações, tais como as relativas a investimentos, resgates, alienações, cessões ou liquidações das referidas aplicações havidas, mês a mês, no decorrer do ano;
Rendimentos brutos, acumulados anualmente, mês a mês, por aplicação financeira, no decorrer do ano, individualizados por tipo de rendimento, incluídos os valores oriundos da venda ou resgate de ativos sob custódia e de resgate de fundos de investimento;
Saldo, no último dia útil do ano ou no dia de encerramento, de provisões matemáticas de benefícios a conceder, referente a cada plano de benefício de previdência complementar ou a cada plano de seguros de pessoas, discriminando, mês a mês, o total das respectivas movimentações, a crédito e a débito, ocorridas no decorrer do ano;
Saldo, no último dia útil do ano ou no dia de encerramento, de cada Fapi, e as correspondentes movimentações, discriminadas mês a mês, a crédito e a débito, ocorridas no decorrer do ano;
Valores de benefícios ou de capitais segurados, acumulados anualmente, mês a mês, pagos sob a forma de pagamento único ou sob a forma de renda;
Lançamentos de transferências realizadas entre contas do mesmo titular;
Aquisições de moeda estrangeira;
Conversões de moeda estrangeira em moeda nacional;
Transferências de moeda e de outros valores para o exterior, excluídas as operações a que se refere o inciso VIII;
o total dos valores pagos até o último dia do ano, incluídos os valores dos lances que resultaram em contemplação, deduzido dos valores de créditos disponibilizados ao cotista, e as correspondentes movimentações, ocorridas no decorrer do ano e discriminadas, mês a mês, a crédito e a débito;
Valor de créditos disponibilizados ao cotista, acumulados anualmente, mês a mês, por cota de consórcio, no decorrer do ano.
A Receita informou que “as medidas visam aprimorar o controle e fiscalização das operações financeiras, garantindo uma maior coleta de dados”.
A Receita Federal ampliou a obrigatoriedade de envio de informações e agora passará a receber dados das operadoras de cartão de crédito e das instituições de pagamento (IP). Essa nova regra, anunciada em setembro, entrou em vigor em janeiro de 2025.
As instituições financeiras são empresas que permitem a movimentação de recursos, compras e vendas, mas que não oferecem financiamentos e empréstimos aos consumidores, como grandes varejistas, bancos virtuais e carteiras digitais.
Anteriormente, o Fisco já recebia esses dados dos bancos tradicionais por meio de aplicações financeiras, movimentações via Pix, seguros, previdências e investimentos em ações.
A Receita explicou que “as medidas visam aprimorar o controle e a fiscalização das operações financeiras, garantindo uma maior coleta de dados. Além disso, reforçam os compromissos internacionais do Brasil no âmbito do Padrão de Declaração Comum (CRS), contribuindo para o combate à evasão fiscal e promovendo a transparência nas operações financeiras globais”.
Como irá funcionar?
De acordo com o Fisco, as informações serão repassadas semestralmente, por meio de uma declaração que será emitida na plataforma e-Financeira, que integra o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), um setor do governo federal que busca padronizar e integrar informações de organizações relacionadas à gestão financeira e contábil.
Com isso, os dados só serão enviados quando o valor total movimentado, por cada tipo de operação financeira, como Pix, pagamento ou investimento, for superior a R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas.
Com o reajuste do salário mínimo, de R$ 1.412 para R$ 1.518, o valor da contribuição previdenciária que os Microempreendedores Individuais (MEIs) precisam pagar todos os meses também subiu em 2025.
Ele passou de R$ 70,60 para R$ 75,90 para o MEI em geral (5% do salário mínimo), e de R$ 169,44 para R$ 182,16 para o MEI caminhoneiro (12% do salário mínimo).
É por meio do pagamento em dia dessa contribuição que o MEI garante benefícios previdenciários do INSS, como aposentadoria por idade, auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, auxílio-reclusão, pensão por morte e salário-maternidade, explica o Sebrae.
O valor é pago no Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), que, além da contribuição previdenciária, cobra os impostos devidos pelos MEIs.
Os MEIs que exercem atividades sujeitas ao ICMS (comércio e indústria) têm um acréscimo de R$ 1 por mês no DAS. Para atividades sujeitas ao ISSQN (prestador de serviços), a soma é de R$ 5.
Os empreendedores que realizam os dois tipos de atividade precisam pagar os dois impostos, desembolsando R$ 6 a mais na contribuição mensal.
Assim, em 2025, o MEI em geral pagará mensalmente entre R$ 75,90 e R$ 81,90, a depender da sua atividade.
Já no caso do MEI Caminhoneiro, o valor pode variar entre R$ 182,16 e R$ 188,16, de acordo com o tipo de produto transportado e local para onde é destinado.
Quando pagar
O DAS vence todo dia 20 de cada mês. Ele pode ser emitido diretamente no Portal do Simples Nacional ou pelo App MEI, disponível para iOS e Android. Há opção de pagar por boleto, PIX, débito automático, entre outras formas.
Reajuste de 7,5% impacta milhões de trabalhadores, aposentados e benefícios sociais
Lula e Luiz Marinho apresentam o novo mínimo (Foto: Claudio Kbene / PR)
A partir deste mês de janeiro, o salário mínimo no Brasil será reajustado para R$ 1.518. Este aumento representa uma valorização de R$ 106, correspondendo a um acréscimo de 7,5% em relação ao piso de 2024, que era de R$ 1.412.
O reajuste do salário mínimo foi calculado com base em dois componentes principais: uma inflação de 4,84%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses até novembro, e um ganho real de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa metodologia, aprovada pelo Congresso Nacional, assegura que o aumento do salário mínimo supere a inflação, promovendo um ganho real para os trabalhadores.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aproximadamente 59 milhões de brasileiros têm seu rendimento atrelado ao salário mínimo. Dentre esses, cerca de 19 milhões são aposentados e pensionistas que recebem o valor mínimo. Além disso, o novo salário mínimo servirá como base para a correção de diversos benefícios sociais, incluindo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego.
A iniciativa de reajustar o salário mínimo de forma a garantir um aumento real foi retomada pelo governo do presidente Lula, que enviou a Lei correspondente ao Congresso Nacional em 2023. Essa política havia sido descontinuada nos governos anteriores, entre 2017 e 2022, período durante o qual o salário mínimo não recebeu aumentos que superassem a inflação.
Com a retomada dessa política, o governo busca não apenas melhorar o poder de compra dos trabalhadores, mas também fortalecer a rede de proteção social no país. A atualização do salário mínimo tem impacto direto na economia, influenciando o consumo e, consequentemente, o crescimento econômico.
A Prefeitura de Afogados da Ingazeira informa que deu início ao pagamento do funcionalismo público municipal nesta quinta-feira (26).
O pagamento é referente aos vencimentos do mês de dezembro. Segundo a secretária municipal de finanças, Lúcia Gomes, o pagamento representa a injeção de 5,1 milhões de Reais na economia local, incrementando o comércio e o setor de serviços nesse final de ano.
Confira o calendário de pagamento:
26/12 (quinta) – Secretarias de Administração, Assistência Social, Agricultura, Assuntos Jurídicos, Controle interno, Cultura e Esportes, Finanças, Governo, Infraestrutura, Transportes, Gabinete, Mulher, Ouvidoria, Assessoria Especial e Aposentados/Pensionistas com vencimentos até R$ 3.000,00.
27/12 (sexta) – Secretarias de Educação e de Saúde, além de Aposentados e Pensionistas com vencimentos acima de R$ 3.000,00.
Na máxima, a divisa do dólar chegou a bater R$ 6,201, enquanto a mínima foi de R$ 6,080.
O dólarvoltou a acelerar ganhos nesta segunda-feira (23) e fechou próximo de R$ 6,20 com a permanência do temor com as contas públicas no radar dos investidores.
A sessão também marca um início de semana com agenda esvaziada e mercado fechado na terça (24) e quarta-feira (25) pelo recesso de Natal.
A divisa encerrou a sessão com salto de 1,88%, negociado a R$ 6,185 na venda. Na máxima, a divisa chegou a bater R$ 6,201, enquanto a mínima foi de R$ 6,080.
Na sexta (20), a divisa havia recuado quase 1%, a R$ 6,071.
O clima negativo também penaliza o Ibovespa, que por volta das 17h perdia cerca de 0,75%, aos 121,2 mil pontos. Nos mercados globais, Wall Street opera sem direção única, mesmo comportamento registrado no fechamento das praças na Europa.
Agentes financeiros seguem preocupados sobre a dinâmica das contas públicas e fazendo contas sobre a potencial economia fiscal após a aprovação do pacote de cortes de gastos no Congresso Nacional.
Na semana passada, o Congresso aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e os dois projetos de lei do pacote fiscal, mas fez ajustes nos textos.
O Ministério da Fazenda estima que a desidratação do pacote de corte de gastos terá um impacto de R$ 2,1 bilhões até 2026. A previsão inicial era de que as medidas fiscais teriam capacidade de economizar R$ 71,9 bilhões em dois anos.
De acordo com a nova estimativa divulgada pela equipe econômica, o pacote fiscal terá capacidade de economizar R$ 69,8 bilhões até 2026.
Na sexta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia informado que as mudanças aprovadas pelo Congresso Nacional no pacote teriam um impacto fiscal de R$ 1 bilhão até o fim do ano do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Focus mostra piora das expectativas
Mais cedo, o boletim Focus, pesquisa semanal do BC com avaliação do mercado para os principais índices econômicos, mostrou piora das expectativas para inflação e juros nos próximos anos.
A previsão do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 foi a 4,84%, ante 4,60% na semana passada, enquanto para 2026 se manteve estável em 4%.
O BC persegue meta de 3%, com margem de 1,5 ponto para cima (4,5%) ou para baixo (1,5%).
Já as expectativas de Selic passaram para 14,75% no ano que vem, pico do atual ciclo de alta, ante 14% na edição da semana passada.
Cenário global.
No exterior, investidores ainda digerem a mais recente série de reuniões de bancos centrais.
Na semana passada, o Federal Reserve (Fed) surpreendeu os mercados ao projetar um ritmo moderado de cortes na taxa de juros, fazendo com que os rendimentos do Tesouro dos EUA e o dólar subissem.
O dólar é negociado em alta, passando de R$ 6,20 e batendo novo recorde nesta quarta-feira (18) — mesmo depois de o BC (Banco Central) já ter vendido US$ 12,7 bilhões desde a última quinta-feira (12). Foi a maior injeção de recursos no câmbio desde a pandemia, em março de 2021.
A Bolsa de Valores tem queda, na espera pela decisão pelo corte de juros nos Estados Unidos.
Por volta de 15h11, o dólar comercial tinha alta de 1,79%, vendido a R$ 6,205. O turismo tinha valorização de 1,10%, para R$ 6,401.
A Bolsa de Valores de São Paulo operava em baixa de 1,78%. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, subiu para 122.477 pontos.
O valor de R$ 6,20 é um recorde nominal para o dólar. Ele desconsidera a inflação. Até hoje, a maior cotação real, incluindo a inflação, foi em setembro de 2002, na primeira eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Corrigido pela inflação, o valor do dólar naquela ocasião seria hoje o correspondente a R$ 8,75.
Essa piora da alta da moeda americana tem a ver com declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Indagado sobre a possibilidade de o Brasil estar sofrendo com uma especulação contra o real, o ministro afirmou que o ideal é “olhar os fundamentos.” Movimentos especulativos são coibidos com intervenções do Banco Central e do Tesouro Nacional, ele destacou, citando os leilões de recompra de títulos anunciados pelo Tesouro, disse ele na tarde desta quarta-feira.
A preocupação de que o pacote de corte de gastos — considerado fraco pelos investidores — possa ser ainda mais desidratado no Congresso faz o real se desvalorizar, apesar da atuação do BC. O BC já colocou no mercado US$ 7 bilhões em três leilões de linha, que representam a venda de moeda com compromisso de recompra, e outros US$ 5,76 bilhões por meio de quatro leilões à vista.
A segunda noite da Feira de Empreendedorismo de Afogados da Ingazeira mostrou, mais uma vez, a força do segmento na economia não apenas da cidade, mas de toda a região..
Afogados da Ingazeira tourism
Um excelente público prestigiou essa segunda da noite, lotando o espaço destinado ao evento. O público pode conferir a palestra “Careca, a Cara do Brasil”, ministrada pelo empresário e palestrante “Careca”, que começou do zero e hoje, com a comercialização de sanduíches, gera mais de 135 empregos diretos com seu jeito autêntico e inspirador.
A noite também contou com a palestra “Bora Empreender, Mulher” com Juliana Silva, da Agência de Empreendedorismo de Pernambuco – AGEPE e também com a jornalista e mestre em comunicação, Rochany Rocha, que compartilhou a sua vasta experiência profissional, tanto no jornalismo quanto como a empreendedora apaixonada por criar novos negócios. Rochany também se destaca na moda e é a idealizadora do encontro de Moda do Sertão.
O Secretário de Administração, Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ney Quidute, juntamente com parte de sua equipe, visitaram alguns estandes para ouvir a avaliação dos expositores e agradecer a participação.
A feira termina neste sábado (30), confira a programação do último dia:
19h – Atração Cultural: grupo Sanfonar, com o espetáculo “Folia de Reis” (Palco Principal) 20h – Encerramento – Palco Principal 20h30 – Desfile de moda – Palco Principal 22h – Renan – Atração Musical – Palco 360*