Globo defende ser paga pelo Google e reconhece que sites menores podem ser prejudicados

“Quem mais perde são jornais e sites pequenos, que não têm o mesmo poder de negociação diante do Google”, diz o jornal, em editorial
11 de maio de 2023, 04:11 h Atualizado em 11 de maio de 2023, 04:18
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(Foto: Reuters | Reprodução)
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247 – O jornal O Globo, que lidera a campanha em favor do PL 2630, o das fake news, defendeu o ponto mais polêmico do projeto, que transfere recursos da publicidade digital para fundos de fomento ao “jornalismo profissinal”. Este subsídio à mídia estava previsto no artigo 32 do PL 2630, mas pode ser transferido a um outro projeto, relatado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-SP), que trata de direitos autorais.

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Em novo editorial publicado nesta quinta-feira, o jornal O Globo usa um acordo comercial entre o Google e o jornal New York Times, nos Estados Unidos, para defender que as plataformas sejam obrigadas a pagar empresas de mídia no Brasil. “O jornalismo profissional merece atenção, pois exerce papel fundamental em qualquer democracia, como fiscal dos Poderes e ambiente de debate livre. Por isso é fundamental buscar outros modelos capazes de remunerá-lo, como tenta fazer o PL das Fake News”, escreve o editorialista do Globo.

O editorial diz ainda que o próximo teste será no Brasil. “O próximo teste será no Brasil. Pelas últimas negociações, o trecho relativo à remuneração de conteúdos jornalísticos deverá ser retirado do PL das Fake News para integrar um projeto separado, ao lado de conteúdos artísticos e outros protegidos por direito autoral. O essencial é que seja aprovado logo, para haver uma regulação justa para remunerar a imprensa. Quem mais perde são jornais e sites pequenos, que não têm o mesmo poder de negociação diante do Google que o New York Times”, aponta o texto.

 

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro fica sem advogado; Entenda

O ex-ajudante de ordens do Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid – que foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), assim como o ex-presidente –, ficou sem advogado após Rodrigo Roca deixar sua defesa. As informações são da jornalista Andréia Sadi, da Globonews.

Em nota, o advogado disse que renuncia “à defesa dos interesses do Cel. Mauro Cid nos inquéritos em que figura como investigado, por razões de foro profissional e impedimentos familiares da minha parte”.

Operação da PF

Jair Bolsonaro e outras 15 pessoas foram alvos de uma operação da PF que investiga um suposto esquema de falsificação de cartões de vacina. Ao todo, seis pessoas foram presas, incluindo Cid. Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão.

A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das milícias digitais. Segundo as investigações, um grupo ligado a Bolsonaro inseriu informações falsas no ConecteSUS para obter vantagens ilícitas e emitir certificados de vacinação contra a Covid-19.

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