
Após ser fechada na última sexta, a fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, em Rafah, será reaberta no domingo (12) para a travessia de estrangeiros que querem deixar o território. Um grupo com 34 brasileiros ainda aguarda autorização para sair de Gaza.
Há semanas, o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira tenta negociar com a Israel a liberação da saída de um grupo com 34 brasileiros da Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito, em Rafah. >>> Incluídos na lista oficial, brasileiros só aguardam reabertura da fronteira para deixar Gaza
Uma aeronave da Força Área Brasileira (FAB) já está preparada para decolar da região. Na sexta-feira (10), o embaixador do Brasil no Egito, Alessandro Candeas, disse que a expectativa era que os brasileiros deixassem Gaza neste sábado.
Durante as saídas, a prioridade tem sido ambulâncias que levam pessoas feridas pelo conflito para serem atendidas no país vizinho, como parte do acordo firmado entre Israel, Egito, Estados Unidos e a Organização das Nações Unidas (ONU). >>> Após saída de brasileiros da Faixa de Gaza, Itamaraty deve subir o tom contra Israel
Carlos Bolsonaro comandava o ‘gabinete do ódio’, diz Mauro Cid em delação à PF

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) afirmou em sua delação premiada à Polícia Federal (PF) que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) era o responsável por comandar o chamado “gabinete do ódio”, responsável por promover ataques nas redes sociais contra adversários políticos e opositores durante o governo Bolsonaro”. Segundo o jornalista Aguirre Talento, do UOL, “o depoimento de Cid traz pela primeira vez o papel de ascendência de Carlos sobre o grupo”.
Ainda segundo a reportagem, Cid não apenas apontou Carlos Bolsonaro como o comandante do “gabinete do ódio”, como também vinculou diretamente o ex-mandatário à disseminação de fake news, especialmente as relacionadas aos ataques às urnas eletrônicas. A confirmação dessas suspeitas ocorreu após a Polícia Federal encontrar mensagens de Bolsonaro ao empresário Meyer Nigri.
O “gabinete do ódio” era composto pelos assessores Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz, cuja indicação para o governo Bolsonaro é atribuída a Carlos Bolsonaro. Tércio e José Matheus já haviam trabalhado como assessores no gabinete de Carlos na Câmara do Rio. O grupo já era investigado no âmbito do inquérito que apura a atuação das milícias digitais.
A defesa de Jair Bolsonaro negou as irregularidades e fez críticas à delação de Mauro Cid. “O eminente procurador leu toda a peça e concluiu que a mesma é fraca e desprovida de qualquer elemento de prova. A ‘delação’, segundo o procurador, mais se parece com uma confissão e o mesmo, por reiteradas vezes, disse que nada se aproveita”, afirmou em nota o advogado Fábio Wajngarten, de acordo com a reportagem.