Trabalhadores da Ford protestam contra fechamento de fábricas no Brasil

Protesto desta terça-feira (12) acontece depois que montadora anunciou que encerrará a produção de veículos em suas fábricas no Brasil, após um século.

Trabalhadores da Ford protestam contra fechamento de fábrica em Camaçari. (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Trabalhadores da Ford protestam contra o fechamento da fábrica da montadora em Camaçari, região metropolitana de Salvador, na manhã desta terça-feira (12). Na segunda (11), a montadora anunciou que encerrará a produção de veículos em suas fábricas no Brasil após um século.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia, Júlio Bonfim, durante uma reunião com o presidente da Ford na América do Sul, a empresa informou que a decisão de encerramento da produção foi tomada por causa da instabilidade econômica do país.

“Ontem eu tive uma convocação por parte da Ford e nessa reunião, eu esperava que a tratativa era referente aos 460 trabalhadores da Ford que estavam suspensos por contrato em lay-off [suspensão temporária]. Mas fomos surpreendidos por um anúncio, por parte do presidente América do Sul, informando da instabilidade econômica do país e a incerteza econômica do país por parte do governo federal, isso dito pelo próprio presidente América do Sul da Ford. E também a questão do coronavírus impactou diretamente no encerramento das atividades da Ford”, contou Júlio.

Por meio de nota, o Ministério da Economia afirmou que lamenta a decisão global e estratégica da Ford de encerrar a produção no Brasil. Disse ainda que a decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país; que muitos registram resultados superiores ao período pré-crise.

Com o encerramento das atividades no Brasil, a Ford também fechará as fábricas de Taubaté (SP) e Horizonte (CE), além de Camaçari. De acordo com o presidente do sindicato, o impacto será da perda de emprego de 12 mil trabalhadores diretos. No entanto, a Ford alega que serão cinco mil empregos afetados.

“O que a Ford tá fazendo hoje é um atrocidade com mais de 12 mil trabalhadores. Por que eu falo isso? A Ford está mentindo quando ela fala que são, simplesmente, cinco mil trabalhadores que estão sendo desligados. Nós temos um acordo coletivo aqui, em que empresas parceiras de autopeças produzem nas mesmas condições como trabalhador direto Ford. Então só somando essas empresas são oito mil, mais quatro mil trabalhadores de empresas satélites que fornecem diretamente para a Ford”, disse.

Júlio Bonfim falou ainda sobre os empregos dos trabalhadores indiretos, de empresas que prestam serviço à montadora. Segundo ele, esses empregos indiretos somam 60 mil trabalhadores.

“São 12 mil trabalhadores diretos, e para cada um trabalhador direto demitido, são cinco trabalhadores indiretos. Estou falando de quase 60 mil trabalhadores indiretos que perdem seus empregos e 12 mil diretos. São 72 mil trabalhadores. Isso é uma camuflagem que a Ford está fazendo, para retirar a responsabilidade social dela, referente a essa atrocidade que ela está fazendo no país e na Bahia, impactando diretamente na economia do PIB baiano e na região metropolitana como um todo, nessa grande massa de trabalhadores que vão ser desligados”, pontuou.

Ao todo, a Ford possui 6.171 funcionários no Brasil e fechou 2020 como a quinta montadora que mais vendeu carros, com 7,14% do mercado nacional. Em comunicado divulgado para a imprensa, a fabricante diz que a decisão foi tomada “à medida em que a pandemia de Covid-19 amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas”.

 

 

Ivete Sangalo e Claudia Leitte vão fazer live juntas no sábado de Carnaval

O anúncio foi feito nesta segunda (11) em conversa entre as duas cantoras no Instagram.

Ivete Sangalo e Claudia Leitte. (Foto: Manuela Scarpa/Brazil News)

 As cantoras Ivete Sangalo e Claudia Leitte confirmaram que vão realizar juntas uma live de Carnaval no dia 13 de fevereiro. O anúncio foi feito nesta segunda (11) em conversa entre as duas cantoras no Instagram.

“A gente entende que é necessário que ele [Carnaval] não aconteça, mas encontramos uma maneira de fazer com que a gente não esqueça essa data”, afirmou Ivete Sangalo. Em novembro, a Prefeitura de Salvador informou que a realização da festa nas ruas da capital baiana está suspensa em fevereiro deste ano por causa da pandemia do novo coronavírus.

Elas afirmaram também que os fãs vão poder sugerir músicas por meio das redes sociais. Além disso, as bandas de Ivete e Claudia estarão presentes no show virtual. “A ideia é a onda nossa do Carnaval, só os pipocas. Uma onda massa e o repertório bem vibrante, pra gente passar por esse momento do Carnaval sem perder essa energia”, afirmou Ivete.

Vários famosos acompanharam o anúncio das cantoras, como o cantor Tierry. Claudia Leitte chegou a pedir a ele uma música para ela e Ivete gravarem. No Twitter, ao responder um seguidor, ele disse que já tem uma composição para elas.

O valor da cesta básica do Recife teve um aumento de 19,2% em 2020. O índice, divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), é ao menos quatro vezes maior do que previsão inflacionária do ano, estimada pelo mercado financeiro em 4,37% e ainda ser divulgada pelo IBGE. No caso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em dezembro, a cesta custava R$ 469,39 na capital pernambucana, o que representa um aumento de 1,38% em relação ao preço dos produtos no mês de novembro.

Apesar da alta, o levantamento do Dieese aponta que o Recife tem uma das cestas básicas mais baratas do país. Entre as 17 capitais pesquisadas, o Recife aparece em 15º lugar, com a cesta mais cara apenas do que as comercializadas em Natal (RN), onde custa R$ 458,79, e Aracaju (SE), que tem a cesta básica mais barata do Brasil, por R$ 453,16. São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) têm as cestas mais caras do país, R$ 631,46 e R$ 621,09.

No Recife, os produtos com maiores altas de preço médio no mês de dezembro de 2020 em relação a novembro foram arroz agulhinha (3,82%), óleo de soja (3,14%), carne bovina de primeira (3,14%), feijão carioquinha (2,88%), açúcar refinado (2,85%), tomate (2,38%), farinha de mandioca (2,09%), manteiga (0,77%) e pão francês (0,39%). Já os principais produtos com redução de preço médio em relação a novembro foram banana (-7,61%), leite integral (-1,22%) e café (-0,54%).

Ao longo do ano passado, dez dos 12 produtos que compõem a cesta básica registraram aumento em seu preço médio: o óleo de soja (127,72%), o arroz agulhinha (85,46%), o feijão (43,96%), a farinha de mandioca (35,91%), o leite (35,65%), o açúcar (30,18%), a carne bovina de primeira (22,95%), o tomate (12,91%), o pão (9,06%). Apresentaram redução a banana (-16,22%) e o café (-3,14%).

O ministro do Turismo, Gilson Machado, afirmou em entrevista a um programa do SBT que o feriado de Carnaval está mantido.

Entretanto, Gilson Machado ressaltou que não há condições sanitárias para a realização do que chamou de “festa profana”.

“Vamos continuar tendo o feriado do Carnaval como todo ano teve e nos mesmos dias que tem. Quem estava indeciso se ia comprar um pacote turístico, se ia comprar a passagem aérea, fique sabendo que nosso governo não vai fazer nada para proibir o feriado do Carnaval. Agora à festa, que é uma festa profana e todo mundo sabe, aí fica a cargo dos governos e o que eu estou vendo, o que estou falando com os secretários de turismo e com os governadores é que, infelizmente, nós não temos segurança sanitária para fazer aglomeração do tamanho que o Carnaval faz ainda”, declarou.

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