Reino Unido inicia 3º lockdown para conter mutação do coronavírus

País bateu recorde de novos registros diários de Covid-19. Somente na Inglaterra, 27 mil estão internados com a doença, maior número desde o início da pandemia.

Passageiros usam máscara na Estação de Waterloo, em Londres, no primeiro dia do novo lockdown na Inglaterra. (Foto: Justin Tallis/AFP)

O Reino Unido entrou nesta terça-feira (5) em seu terceiro lockdown para frear o aumento de casos de Covid-19 no país.

A determinação para que os britânicos fiquem em casa é uma tentativa de conter a variante mais contagiosa do coronavírus enquanto a vacinação avança.

Cerca de 27 mil pessoas estão internadas com a doença só na Inglaterra, número 40% maior do que o registrado no pico da pandemia em abril.

Dados do governo apontam que o Reino Unido atingiu outro recorde diário de casos de Covid-19, com 58.784 novos infectados. É o sétimo dia consecutivo com mais de 50 mil casos em território britânico.

Veja as restrições do terceiro lockdown na Inglaterra:

  • Todos devem permanecer em casa, salvo exceções autorizadas (veja abaixo);
  • Escolas devem fechar imediatamente e migrar para o ensino remoto de forma integral até meados de fevereiro, pelo menos;
  • Restaurantes, bares e cafés devem fechar e não poderão servir em seus salões (veja mais abaixo);
  • Locais de prática esportiva ao ar livre, como campos de golfe e quadras de tênis, ficarão fechados;
  • Prática de esportes coletivos fica proibida para amadores.

As pessoas estão autorizadas a sair de casa apenas em caso de necessidades médicas, compra de alimentos, prática de exercício físico e trabalho presencial, quando este for indispensável.

Creches continuam funcionando e restaurantes, bares e cafés poderão funcionar apenas para sistema de entrega ou retirada de alimentos (e a venda de bebidas alcoólicas só poderá ser realizada em entregas).

Esportes coletivos só serão permitidos no nível profissional, como as partidas de futebol da Premier League, o Campeonato Inglês.

Algumas atividades ficarão proibidas ou restritas até meados de fevereiro, prazo para os quatro grupos prioritários de imunização receberem a primeira dose da vacina contra a doença.

Os grupos prioritários são os cidadãos acima de 50 anos, funcionários de asilos, trabalhadores de serviços de saúde e pessoas entre 16 e 64 anos com comorbidades.

O Reino Unido aplica duas vacinas contra a Covid, uma feita pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech e outra pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca. Mais de 1 milhão de pessoas já receberam a primeira dose.

‘Semanas difíceis’

Ao anunciar o novo confinamento, o primeiro-ministro Boris Johnson disse na segunda-feira (4) que “as semanas que se seguem serão as mais difíceis”.:

“Enquanto falo com vocês esta noite, nossos hospitais estão sob mais pressão pela Covid do que em qualquer momento desde o início da pandemia”, disse ele.

 

 

IBGE: inflação na indústria desacelera para 1,39% em novembro

Indústria Wirth Calçados Dois Irmãos (RS) 14.04.2006 – Foto: Miguel Ângelo

Os preços da indústria subiram 1,39% em novembro de 2020 em relação ao mês anterior. Apesar da alta, houve desaceleração em relação ao resultado de outubro, quando o índice registrou a maior alta da série histórica (3,41%), iniciada em 2014.

A inflação na indústria em novembro foi a menor observada em cinco meses, mas o indicador já registra 16 altas consecutivas e elevações históricas nos acumulados do ano (18,92%) e dos últimos 12 meses com 19,69%.

Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação dos preços de produtos na porta da fábrica, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação, divulgados hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os valores acumulados são os maiores de toda a série do IPP iniciada em janeiro de 2014.

Segundo o IBGE, em novembro, 19 das 24 atividades analisadas apresentaram variações positivas na comparação com o mês anterior. Mas a atividade alimentar (2,76%) foi a principal responsável pela elevação do índice.

“O setor representa cerca de 25% do peso do IPP, porém, em novembro, ao juntar a variação com o peso, a contribuição no resultado foi de 0,71 ponto percentual dentro dos 1,39%, ou seja, um pouco mais da metade do resultado. Esse já é o quinto aumento consecutivo de preços dos alimentos, que acumulam, no ano, crescimento de 32,01%, o maior desde 2010, e, em 12 meses, de 35,19%”, disse, em nota, o gerente do IPP, Manuel Souza Neto.

De acordo com o gerente, mesmo com o recuo do dólar em novembro (3,7% em relação a outubro), o mercado externo continuou causando impacto nos preços do setor, mas também houve influência de fatores atrelados ao mercado interno.

“No caso do leite, por exemplo, a oferta nas bacias leiteiras foi muito instável, em um ano no qual o clima não foi propício, e a demanda também se manteve instável por causa do isolamento social. Outros produtos entre os que mais influenciaram o resultado, como os derivados de soja e cana de açúcar, tiveram impacto da entressafra, em um ambiente de alta de preços no mercado externo”, afirmou o pesquisador.

Outras atividades que tiveram influência no resultado do IPP foram móveis (4,03%), borracha e plástico (3,58%) e fumo (-2,91%).

As indústrias extrativas, que haviam acumulado sete resultados positivos até outubro, tiveram variação negativa em novembro (-2,05%). Com isso, o índice acumulado no ano para essa atividade recuou de 50,31%, em outubro, para 47,23%, em novembro. E, no acumulado em 12 meses, houve também recuo:de 53,64% para 43,52%.

A indústria química (0,79%) apresentou o quinto aumento consecutivo, mas a menor variação positiva no ano. O setor acumulou variação positiva de 23,04% de janeiro a novembro de 2020. Em 12 meses, a atividade alcançou 20,90% de alta. (Agência Brasil)

Caixa divulga calendário de pagamentos do Bolsa Família em 2021

Benefícios de janeiro começarão a ser pagos no dia 18.

Programa com 14 milhões de famílias inscritas, o Bolsa Família paga os beneficiários conforme o dígito final do Número de Identificação Social (NIS). (Foto: Reprodução)

Responsável por operar o Bolsa Família, a Caixa Econômica Federal divulgou hoje (4) o calendário de pagamentos do benefício social para 2021. Em janeiro, o pagamento será feito entre os dias 18 e 29.

Programa com 14 milhões de famílias inscritas, o Bolsa Família paga os beneficiários conforme o dígito final do Número de Identificação Social (NIS). Os depósitos ocorrem sempre nos dez últimos dias úteis de cada mês.

Confira o calendário de pagamento para todos os meses do ano na tabela abaixo:

Em dezembro, a Caixa começou a migração dos beneficiários que ainda sacam o Bolsa Família exclusivamente com o Cartão Cidadão para a conta poupança social digital. Usada no pagamento do auxílio emergencial, a conta poupança permite o pagamento de boletos e de contas domésticas (como água, luz e gás).

A conta poupança digital também permite a realização de compras com cartão de débito virtual pela internet e com código QR (versão avançada do código de barras) em lojas físicas com maquininhas de estabelecimentos parceiros. A poupança digital permite até três transferências gratuitas por mês para qualquer conta bancária.

Segundo o cronograma divulgado no fim do ano passado, os beneficiários com NIS de finais 9 e 0 começaram a receber o Bolsa Família pela conta poupança social digital em dezembro. Em janeiro, o pagamento pela plataforma passará a ser feito para os inscritos com NIS de finais 6, 7 e 8.

Em fevereiro, a Caixa abrirá contas poupança digitais para os beneficiários de NIS com finais 3, 4 e 5. Em março, será a vez dos inscritos com NIS de finais 1 e 2 e os Grupos Populacionais Tradicionais Específicos (GPTE), categoria que inclui indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, pescadores artesanais, comunidades tradicionais, agricultores familiares, assentados, acampados e pessoas em situação de rua.

Pesquisa Datafolha indica que para 69% situação econômica não vai melhorar

Praticamente 70% dos brasileiros avaliam que a situação econômica do país continuará ruim nos próximos meses, segundo pesquisa Datafolha.

Para 41% dos entrevistados, a expectativa é de piora. Para 28%, a situação vai ficar como está. Para outros 28%, haverá melhora.

Os dados, colhidos em dezembro de 2020, são praticamente os mesmos da pesquisa realizada em agosto do ano passado.

No levantamento feito em dezembro de 2019, antes da crise gerada pela pandemia, 24% esperavam piora, 31% estabilidade e 43% achavam que ira melhorar.

Questionados sobre a perspectiva para sua própria situação econômica, 22% dizem que vai piorar, 46% avaliam que ficará como está e 31% esperam uma melhora. Em agosto, eram 19% (piora), 49% (ficar como está) e 30% (melhora).

A pesquisa ouviu, por telefone, 2.016 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, informa a Folha de S.Paulo.

Lei Estadual retira obrigatoriedade do uso de máscaras por pessoas com deficiência e crianças com menos de três anos

 (Foto: Vincente Jannink/ANP/AFP)

Foi publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Pernambuco, desta terça-feira (5), a Lei Estadual nº 17.141, que diz que pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), com deficiência intelectual, deficiências sensoriais ou portadoras de quaisquer outras deficiências estão liberadas da obrigatoriedade do uso de máscaras contra a Covid-19 em Pernambuco. Além do grupo, crianças com menos de três anos de idade também estão dispensadas do uso obrigatório do equipamento de proteção.

A Lei vigente, de autoria da deputada estadual Alessandra Vieira (PSDB), altera a Lei Estadual nº 16.918, que versa sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras no estado. Conforme declaração médica, a medida abrange pessoas com deficiência impedidas de fazer o uso adequado do equipamento de proteção, e se aplica a espaços em que há a indicação de obrigatoriedade do uso de máscaras. A declaração médica, para a comprovação do tipo de deficiência, pode ser obtida por meio digital.  

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