Marcos Edilho Pereira Marinho, de 39 anos, morto a tiros em frente a um restaurante em Feira de Santana, era de origem humilde, mas carregava consigo uma ambição: ser milionário. Natural da cidade de Ipirá, no centro-norte do estado, ele começou a chamar atenção dos seus conterrâneos quando passou a ser ativo nas redes sociais, onde compartilhava sua rotina como empresário de uma loja de eletrodomésticos localizada em uma das principais avenidas da cidade.
De espírito empreendedor, criou um aplicativo que reunia uma lista com os contatos telefônicos e endereços de estabelecimentos comerciais da sua terra natal — uma espécie de guia de bolso. Mais tarde, expandiu a ideia para Feira de Santana, onde deu dezenas de entrevistas à imprensa local falando sobre a plataforma que havia acabado de chegar no município. Atualmente, ele era dono de uma empresa de consultoria de negócios com atuação em todo o Brasil e em mais quatro países, como costumava dizer.
Em 2021, em entrevista ao Jornal Diário de São Paulo, de São Paulo, Marcos Marinho lembrou de um episódio de sua vida: o dia em que determinou que seria um milionário: “Meu sonho era ser milionário, então, preenchi um cheque meu, para mim mesmo, de R$ 1 milhão, onde eu iria depositar um ano depois. No dia do meu aniversário, mas com 11 meses [da promessa], já tinha o dinheiro do bendito cheque. Pés cheios de bolhas, varizes e calos, um cansaço físico extremo, mas o dinheiro já estava na conta“.
À época, o jornal afirmou que o empresário, apesar das conquistas, “levava uma vida simples, de poucos amigos e que evitava falar da vida pessoal”. Não era isso que seus mais de um milhão de seguidores viam no Instagram, onde ele compartilhava suas fotos e vídeos de viagens internacionais e seus bens materiais.
Investigação
Agora, o histórico de Marcos Marinho está sendo levantado pela Polícia Civil, que busca entender o que motivou o ataque. O que se sabe até então é que ele respondia por crimes de estelionato em Minas Gerais e na Bahia, conforme disse o delegado Rodolfo Faro, em entrevista ao site Acorda Cidade.
Ainda de acordo com Faro, o crime foi cometido por três pessoas consideradas “profissionais” naquilo que faziam. A suspeita é que a vítima já estava sendo monitorada e o fato dela compartilhar nas redes sociais sua localização pode ter facilitado o homicídio, que aconteceu na movimentada Avenida Fraga Maia. A atual companheira do empresário estava com ele no restaurante. O celular dela foi apreendido pela polícia.
Marcos Marinho era filho de um fotógrafo e uma dona de casa e pai de quatro filhos. O empresário dizia em entrevistas que foi vendedor de geladinho, arroz de leite e polpa de frutas. Recentemente, ele terminou um casamento e anunciou nas redes sociais o processo de divórcio, além do acordo para o pagamento da pensão de dois garotos menores de idade
Prefeitura de Serra Talhada abre seleção para a Secretaria de Educação
A Prefeitura de Serra Talhada lançou edital de abertura de Processo Seletivo Simplificado por meio da Secretaria de Administração. O documento comunica a oportunidade de contratação temporária com 76 vagas para a Secretaria de Educação.
De acordo com o edital nº 001/2023, há 62 vagas para o cargo de Auxiliar de Sala e mais 14 vagas para Auxiliar de Serviços Gerais. Os salários ofertados para ambas as funções é de R$ 1.302,00 para a jornada de 40h/semanais.
Os interessados poderão realizar suas inscrições online. Para acessar o site, clique aqui. As inscrições acontecerão no período de 11 a 25 de março.
Os candidatos deverão entregar a documentação solicitada pelo edital de 13 a 27 de março – em dias úteis – das 8h às 13h
Ex-ministro muda versão e diz à Polícia Federal que não sabia que joias eram para Michelle
O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (14) sobre o caso das joias milionárias dadas pelo governo da Arábia Saudita em outubro de 2021.
Bento afirmou ainda, também segundo sua defesa, que os pacotes seriam “presentes de Estado”, entregues por um oficial do governo saudita quando o grupo chefiado por ele se preparava para deixar o país.
Segundo o advogado, o ex-ministro relatou que os presentes não foram abertos até a chegada da comitiva ao Brasil, e que em nenhum momento foi informado a ele que as joias seriam para Jair Bolsonaro ou para Michelle.
Vídeo divulgado pelo g1 na quarta-feira (8), gravado pelo circuito interno do aeroporto de Guarulhos após o desembarque da comitiva, mostra o ex-ministro dizer: “Isso tudo vai entrar lá pra primeira-dama” – de acordo com a defesa de Albuquerque, ao ver que se tratava de joias, ele supôs que os itens seriam para a então primeira-dama.
O depoimento do ex-ministro, que durou pouco mais de uma hora, foi dado na casa de seu advogado, no Rio de Janeiro. Também depôs Marcos Soeiro, ex-assessor de Albuquerque, representado pelo mesmo defensor.
Joias milionárias
O governo Jair Bolsonaro tentou trazer ao Brasil em 2021, de forma irregular, joias avaliadas em R$ 16,5 milhões. Uma comitiva do Ministério de Minas e Energia, chefiada por Bento Albuquerque, trouxe ilegalmente ao país dois pacotes de joias, após uma viagem para o Oriente Médio. O caso foi revelado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e confirmado pela TV Globo.
O grupo desembarcou no Aeroporto de Guarulhos (SP), e as joias foram encontradas na mochila de Marcos André dos Santos Soeiro, então assessor do ex-ministro. Os itens foram apreendidos e até o momento estão em posse da Receita Federal.