‘Jogo em qualquer posição’, diz Moro sobre eleições

O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) afirmou, nesta segunda-feira (2), que será candidato nas eleições de 2022, mas não definiu para qual cargo. Ele disse que o partido está discutindo isso internamente, mas que “joga em qualquer posição”.
“Devo ser candidato sim nessas eleições, isso está sendo discutido dentro do partido. Tenho que tomar essa decisão”, disse Moro em entrevista à CNN. O ex-ministro da Justiça se classifica como um “soldado da democracia”, e defende sua atuação para viabilizar uma alternativa a Lula (PT) e Bolsonaro (PL).
“Hoje, o que nos temos ainda está em discussão. O União Brasil escolheu Luciano Bivar [para o Planalto]. Eu sou um soldado da democracia, jogo em qualquer posição. O importante é a gente voltar a crescer”, afirmou. Moro disse ainda que a troca que fez do Podemos pelo União Brasil foi calculada para permitir que ele continue defendendo pautas como o combate à corrupção.
Derrota em comitê da ONU e caso Daniel Silveira
Moro voltou a criticar decisão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) que definiu a atuação dele contra Lula no âmbito da Lava-Jato como parcial. Segundo o ex-juiz, a posição do órgão internacional foi definida com base em um “erro” do Supremo Tribunal Federal (STF). “Têm votos vencidos que qualificam isso [a suspeição de Moro] como um acerto de contas politico”, disse.
Já quanto ao deputado federal Daniel Silveira (PTB), condenado pelo STF a 8 anos de 9 meses de prisão, mas agraciado com indulto por Bolsonaro, Moro afirmou que houve erros de todos os envolvidos.
“Pra mim, ali houve uma sucessão de erros: o deputado se excedeu e atacou, fez ameaças físicas a ministros do Supremo, isso não está dentro da liberdade de expressão. Do outro lado, o STF deu uma pena excessiva, mais de 8 anos de prisão para ameaças físicas que eram graves, mas verbais”, defendeu.
Por fim, Moro disse que o indulto de Bolsonaro também foi um erro, e que o presidente poderia ter dado um indulto parcial para que ele “cumprisse uma pena de prestação de serviços, por exemplo”.
Contra o “controle social da mídia”
Questionado sobre a regulamentação da imprensa, o ex-ministro declarou ser “absolutamente contra o controle social da mídia”, e afirmou que quem defende isso seria Lula. “É uma forma disfarçada de voltar a censura. Vai ter um conselho de jornalistas indicado por partidos, por sindicatos para controlar o que a imprensa vai falar, vai transmitir?”, questionou.
Moro também disse ser “absolutamente contra” ataques de qualquer espécie a jornalistas”. Segundo o ex-juiz, “a imprensa merece críticas, isso faz parte da liberdade de expressão, mas sem baixar nível de ficar ofendendo jornalistas”.

Secretaria de Saúde emite nota sobre desabamento de forro no Hospital da Restauração

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informa que o vazamento de água ocorrido no Hospital da Restauração (HR), na tarde desta segunda-feira (02/05), se deu por conta do rompimento de uma tubulação de água potável. 

O incidente aconteceu no 1° andar, em uma das salas da enfermaria, na unidade de trauma, e a vazão da água pressionou duas placas de gesso, fazendo com que cedessem. A SES-PE informa que o problema foi pontual e não está relacionado a estabilidade estrutural do prédio.

A direção da unidade informa, ainda, que nenhum paciente sofreu danos com o incidente e que o serviço não foi paralisado. Por conta do incidente, a equipe multiprofissional removeu imediatamente os pacientes que estavam no setor, mas que já retornaram ao ambiente. 

A equipe de manutenção, que também foi acionada de imediato, conteve o vazamento rapidamente, reparando a tubulação e fechando o forro do teto do local.

Lula apoia Danilo, mas não proíbe Marília de usar sua imagem

Uma entrevista do ex-presidente Lula, nesta sexta-feira, na Rádio Jornal do Recife, esquentou a pré-campanha eleitoral em Pernambuco, principalmente entre os partidários de Danilo Cabral (PSB) e Marília Arraes (Solidariedade).
Lula deixou claro que seu candidato em Pernambuco é o do Partido Socialista, destacando a importância da aliança entre o PT e o PSB.

Ele falou do acordo entre os dois partidos de esquerda, ressaltando que a aliança entre as duas legendas é nacional, lembrando que Geraldo Alckmin, seu possível vice, pertence aos quadros do Partido Socialista Brasileiro.

O petista ressalvou, porém, que não vai impedir Marília Arraes de usar sua imagem na campanha nem pode proibir que ela peça votos pra ele. “O meu candidato oficial em Pernambuco é Danilo Cabral”, disse Lula durante a entrevista.

A assessoria de imprensa da neta de Miguel Arraes distribuiu nota reiterando o apoio de Marília à candidatura de Lula e a identidade entre os dois políticos. A pré-candidata disse que sempre esteve ao lado do petista, nos momentos bons e nos ruins. Ela alfinetou o PSB, que a seu ver só se junta ao PT quando é conveniente, lembrando que os socialistas ficaram contra o Partido dos Trabalhadores em 2016 e atacaram o ex-presidente quando da disputa pela prefeitura do Recife, em 2020.

Para aumentar a polêmica, partidários de todos os candidatos da oposição começaram a massificar nas redes sociais um vídeo do deputado federal Danilo Cabral votando a favor do impeachment de Dilma Rousseff.

No vídeo o parlamentar declara que se afastou da Secretaria das Cidades, que ocupava no Governo do Estado, para dizer sim à proposta de impedimento da presidente.

Enquanto Lula foi entrevistado na Rádio Jornal, Marília Arraes deu entrevista à CBN, com transmissão para Recife, Caruaru e Garanhuns, aqui na cidade pela FM Sete Colinas.

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