O Ministério das Relações Exteriores, comandado por Mauro Vieira, informou nesta quinta-feira (9) que, de acordo com o chanceler de Israel, Eli Cohen, brasileiros e familiares estarão na lista de estrangeiros autorizados a cruzar a fronteira da Faixa de Gaza com o Egito nesta sexta-feira (10). O grupo de 34 pessoas – 24 brasileiros e 10 palestinos – deixará a região de conflito entre israelenses e palestinos, no Oriente Médio.
De acordo com o ministério, Vieira manteve esta tarde contato telefônico com o político israelense. “(Cohen) Assegurou a Vieira que brasileiros e familiares estarão na lista de estrangeiros autorizados a cruzar a fronteira amanhã”, afirmou o Itamaraty.
“Cohen afirmou não ter sido possível cumprir a garantia dada por ele de que os brasileiros sairiam ontem, 8/11, por fechamentos inesperados na fronteira”, acrescentou.
OMS: sob bloqueio, mais de 30 mil sofrem de diarreia na Faixa de Gaza
A população ainda sofre com a falta de água potável e enfrentam risco de desnutrição no território localizado no Oriente Médio, onde israelenses e palestinos estão em conflito
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o surto de diarreia causado pela falta de água potável (própria para beber) na Faixa de Gaza, no Oriente Médio. De acordo com os números divulgados pela instituição, 33.551 pessoas foram atingidas pelo surto desde meados de outubro. Metade dessas pessoas são crianças, complementou a instituição. O índice ficou bem acima da média registrada no território em 2021 e 2022 (2.000 casos mensais).
Também foram citados 8.944 casos de sarna e piolhos, 1.005 de varicela, 12.635 de erupção cutânea e 54.866 de infecções respiratórias superiores desde meados de outubro no território, de acordo com informações publicadas nesta quinta-feira (9) no portal G1.
Todos os 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza enfrentam risco de desnutrição, informou o Programa Alimentar Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) na quinta-feira (9).
“Antes de 7 de outubro, 33% da população sofria de insegurança alimentar”, disse Kyung-nan Park, diretora de emergências do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM). “Podemos dizer que 100% estão em situação de insegurança alimentar. Eles enfrentam o risco de desnutrição
Justiça aumenta a pena de Ronnie Lessa, preso após o assassinato de Marielle Franco
Juízes aumentaram a punição imposta ao ex-policial por causa do sumiço das armas utilizadas no homicídio da ex-parlamentar, morta por integrantes do crime organizado
O Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) aumentou de quatro para cinco anos em regime fechado a pena do ex-policial militar Ronnie Lessa teve a pena aumentada no processo pelo sumiço das armas utilizadas no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O ex-PM está detido em um presídio de segurança máxima, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Investigadores apuram se a submetralhadora usada no crime foi jogada no mar. A arma nunca foi localizada.
No mesmo processo judicial do sumiço das armas, a mulher do ex-PM, Elaine Lessa, e outros três réus tiveram as penas estendidas a pedido do Ministério Público (MPRJ). De acordo com informações publicadas pelo jornal O Dia, Elaine e o irmão, Bruno Pereira Figueiredo, ficaram com oito anos de reclusão, José Márcio Mantovano recebeu sete anos, e Josinaldo Lucas Freitas teve seis anos de semiaberto decretados.
A ex-vereadora Marielle Franco foi assassinada por integrantes do crime organizado em março de 2018 no município do Rio. A investigadores, o ex-policial Élcio Queiroz admitiu que dirigia o carro de onde partiram os tiros contra a então parlamentar e, de acordo com ele, Ronnie Lessa foi responsável pelos disparos. Em julho, o MPRJ afirmou que o acordo de delação premiada de Queiroz não vaio tirar ele e Ronnie Lessa de um julgamento no Tribunal do Júri.
O ex-policial foi preso em 2019. Atualmente, ele está em regime fechado (fica todos os dias na prisão). No semiaberto, a pessoa pode fazer curso ou alguma outra atividade fora da penitenciária, e, no regime aberto, pode no fim do dia e nas folgas voltar para casa ou a um estabelecimento determinado pelo Judiciário.
As investigações apontaram que Lessa fazia pesquisas sobre lugares que a ex-parlamentar frequentava e os locais correspondiam a agendas diárias da parlamentar, como curso de inglês, faculdade e aula de pré-vestibular. Um endereço na Rua do Bispo, em Rio Comprido, região central da capital, era o mesmo local onde Marielle esteve em data próxima à sua morte, na casa do ex-companheiro.
Outras pessoas teriam ajudado no cometimento do crime. Queiroz disse que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, vigiou Marielle. Afirmou, ainda, que o sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, morto em 2021, foi quem apresentou a Lessa o “trabalho” de executar Marielle.
Em depoimento, Queiroz também citou Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como “Orelha”. De acordo com o ex-policial, o mecânico foi procurado por Suel para se desfazer do carro usado no homicídio. A delação apontou que Orelha tinha uma agência de automóveis e foi dono de um ferro velho. Conhecia pessoas que possuem peças de carros.