Governador de PE, se pronuncia após Bolsonaro acionar STF e critica postura do presidente

O governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) se pronunciou na noite desta quinta-feira (27), pelas redes sociais, sobre a decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para vetar medidas restritivas nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e do Paraná. 

“Mais de um ano, desde o início da pandemia no Brasil, o quadro se agravou, frente a indícios de uma nova onda, e a postura do presidente também só piora. Resolveu dedicar seu tempo a processar governadores que trabalham para salvar vidas.” afirmou o governador em um dos tweets publicados.
Câmara ainda utilizou a publicação para fazer uma cobrança ao chefe do executivo. “O país precisa de mais vacinas, ampliação da testagem, apoio financeiro para a população. Mas o presidente não combate o vírus, ao contrário, caminha na direção oposta, enquanto encena embates de baixo nível, para uma plateia cada vez menor”, escreveu o governador. 
As medidas restritivas para conter a Covid-19 em Pernambuco começaram nessa quarta-feira (26) e seguem até o dia 6 de junho. Nesse período, apenas serviços considerais essenciais podem funcionar, com limitação de horário.

Bolsonaro nega que manifestação com Pazuello tenha sido ato político

 (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil)
O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa do ex-minsitro da Saúde Eduardo Pazuello por conta da participação do general no ato do último domingo (23) pró-governo organizado por apoiadores do chefe do Executivo. Segundo Bolsonaro, o evento “não teve nenhum viés político”.
Por conta da presença na manifestação, Pazuello responde a um processo administrativo dentro do Exército. Isso porque o Estatuto Militar e o Código Disciplinar do Exército proíbe que integrantes da Força participem de manifestações políticas.
Em live na noite desta quinta-feira (27), Bolsonaro tentou eximir Pazuello de qualquer culpa. “Foi um encontro que não teve nenhum viés politico, até porque eu não estou filiado a partido político nenhum ainda. Foi um movimento pela liberdade, pela democracia, e apoio ao presidente”, disse o presidente.
O chefe do Executivo tem agido para evitar qualquer tipo de punição mais severa a Pazuello. Mais cedo, nesta quinta, ele se reuniu com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e o comandante do Exército, general Paulo Sérgio de Oliveira, para negociar qual deve ser a reação conta o ex-ministro da Saúde.
Apesar da participação pessoal de Bolsonaro na busca por uma solução, o general Paulo Sérgio já avisou que a decisão do Exército não será influenciada por pressões externas.
Pazuello se defende
Também nesta quinta, a defesa de Pazuello enviou ao Comando do Exército a sua versão sobre a participação do ex-ministro na manifestação, garantindo que o general não incorreu em qualquer tipo de transgressão disciplinar.
Segundo Pazuello, ele agiu de acordo com a “honra pessoal”, citando o artigo 6 do Regimento Disciplinar do Exército.
Esse trecho do documento prevê que a aplicação do regimento da corporação deve ser aplicado levando em consideração o “sentimento de dignidade própria, como o apreço e o respeito de que é objeto ou se torna merecedor o militar, perante seus superiores, pares e subordinados”.
Compartilhe: