Antes da sessão, o filho mais velho do presidente já havia chamado Pacheco de “ingrato”.
Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) criticou duramente o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), por ter criado a CPI da Covid durante a pandemia. Antes da sessão, o filho mais velho do presidente já havia chamado Pacheco de “ingrato”.
“Rodrigo Pacheco está errando, está sendo irresponsável, porque está assumindo a possibilidade de durante os trabalhos dessa CPI acontecerem mortes de senadores, assessores, morte de funcionários, porque em algum momento a sessão vai ter que ser presencial”, afirmou.
O filho mais velho do presidente também afirmou que o governo se preocupa com a população brasileira durante a pandemia e que a CPI vai atrapalhar as ações de enfrentamento. Também disse que a população vai julgar quem “subir nos caixões dos quase 400 mil mortos” para fazer política.
O presidente também ironizou a oposição e as mulheres ao afirmar que elas não fizeram esforço para integrar a CPI. Nesse momento, houve um princípio de confusão, com a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), suplente da comissão, erguendo a voz para falar que está presente e que homem nenhum “vai falar como as mulheres devem agir”.
Mourão diz que Bolsonaro deve escolher outro candidato a vice para 2022
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, disse nesta segunda-feira (26|04) que o presidente Jair Bolsonaro deverá escolher outra pessoa para compor chapa nas eleições de 2022.
“A interpretação que tenho feito dos sinais é de que ele vai escolher outra pessoa para acompanhá-lo na sua caminhada para a sua reeleição. Tenho que me preparar, porque olho para frente”, disse em entrevista ao Valor Econômico.
Mourão, que é filiado ao PRTB, disse que cogita disputar uma cadeira ao Senado nas próximas eleições, mas que também não descarta deixar a vida pública para passar mais tempo com a família.
“Se abrir uma possibilidade, vejo que disputar uma cadeira ao Senado, pelas características muito mais ao encontro da maneira como atuo, e a partir dali ter possibilidade de auxiliar o país, posso também partir para essa ideia”, disse. Mourão afirmou que o Rio Grande do Sul, seu Estado natal, é uma das possibilidades mais reais para uma possível candidatura.
“Até o presente momento, o que eu tenho visto de diversas declarações do presidente Bolsonaro é que ele precisaria de outra pessoa no meu lugar apesar de ele nunca ter dito isso pessoalmente para mim.”