Segundo interlocutores, a ideia é que a impopularidade de Bolsonaro, sobretudo no Nordeste, atrapalhe os planos do prefeito da cidade que faz divisa com Juazeiro, na Bahia, e sua campanha seja “contaminada”.
Outra barreira é a vontade de Miguel Coelho de conseguir o apoio também de partidos de centro e de esquerda para enfrentar o PSB, que já comanda o estado há 15 anos. Ele chegou a se reunir com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, para tentar uma aliança com o partido, uma forma de contrapor uma possível chapa PSB-PT em 2022.
“A aposta de Miguel é que conte com apoio de diversas agremiações políticas em defesa da mudança”, afirma o deputado estadual Antonio Coelho (DEM), irmão de Miguel e líder da oposição na Assembleia Legislativa do estado.
O PSB governa Pernambuco desde 2007, com dois mandatos de Eduardo Campos e dois do atual governador, Paulo Câmara (PSB). As informações são da Folha de S. Paulo.
Eleito senador pelo PSB, o pai de Miguel, Fernando Bezerra, foi filiado à legenda socialista até 2017. Naquele ano, o senador rompeu com o partido e passou para a oposição, na tentativa de ser candidato a governador pelo MDB em 2018, o que não ocorreu.