Em coletiva, Bolsonaro diz que Brasil não defende ‘nenhuma sanção ou condenação ao presidente Putin’

Foto: Reuters

O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (27) que o voto do Brasil em resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia é livre, com equilíbrio.

Ele acrescentou que o Brasil não defende “nenhuma sanção ou condenação ao presidente Putin”.

“Nossa posição tem que ser de bastante cautela, não podemos ao tentar solucionar um caso que é grave, ninguém é a favor de guerra em lugar nenhum do mundo, trazemos problemas gravíssimos para toda a humanidade e para o nosso país que também está nesse contexto”, afirmou em entrevista coletiva à imprensa, no Forte dos Andradas, no Guarujá, litoral de São Paulo.

Conversa com Putin
Bolsonaro disse ainda que conversou, neste domingo, com presidente da Rússia, Vladimir Putin, por telefone, sobre a guerra e questões comerciais, como a importação de fertilizantes pelo Brasil. “Estive conversando com o presidente Putin, mais de duas horas de conversa. Tratamos de muita coisa. A questão dos fertilizantes foi a mais importante. Tratamos do nosso comércio. E obviamente ele falou alguma coisa sobre a Ucrânia, mas me reservo a não entrar em detalhes da forma como vocês gostariam”, disse Bolsonaro.

Para o presidente, o conflito deve chegar, em breve, a uma solução. “Não acredito que vá se prolongar. Até pela diferença bélica de um país para outro. A gente espera que países da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] não potencializem esse problema que está para ser resolvido, no meu entender”, declarou. (Via: Agência Brasil)

Brasil registra 206 mortes por Covid e mais de 21 mil casos em 24 horas

Com isso, o país chega a 649.195 mortes e 28.764.822 casos registrados de Covid-19 desde o início da pandemia.

Os dados de casos e óbitos foram atualizados para 23 estados. Seis estados não registraram mortes nas últimas 24 horas: Amapá, Ceará, Pernambuco, Roraima, Rio Grande do Sul e Tocantins.

Após duas semanas acima de 800, a média móvel de mortes está em queda, com 690, redução de 22% em relação há duas semanas. A média móvel de casos também caiu, chegando a 79.605 casos. Há duas semanas, esse valor era 135.205 (redução de 40%).

O recurso estatístico que busca amenizar variações nos dados, como os que costumam acontecer aos finais de semana e feriados, é calculado pela soma das mortes dos últimos sete dias e pela divisão do resultado por sete.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus.

As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Os dados da vacinação contra a Covid-19, também coletados pelo consórcio, foram atualizados em 16 estados.

O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022.

Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente.

O Brasil registrou 489.194 doses de vacinas contra Covid-19, neste domingo. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 60.890 primeiras doses, 192.699 segundas doses. Além disso, foram registradas 964 doses únicas e 234.641 doses de reforço.

Ao todo, 172.452.690 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil. Já são 154.958.092 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Quanto às doses de reforço, foram aplicadas 64.047.314.

Assim, o país já tem 80,27% da população com a 1ª dose e 72,13% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen, e 29,81% da população com reforço vacinal.

Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

Ônibus do Grêmio é apedrejado antes de clássico e jogador sofre traumatismo craniano

O ônibus do Grêmio foi recebido a pedradas ao chegar ao Beira-Rio para o clássico Gre-Nal deste sábado, no Beira-Rio, pelo Campeonato Gaúcho, ontem (26). Volante paraguaio do time tricolor, Villasanti foi atingido por uma das pedras, sofrendo um traumatismo craniano e concussão.

Por conta do incidente, a partida foi adiada. Grêmio e Internacional entraram em consenso para que os jogadores não entrassem a campo porque, além de Villasanti, outros jogadores também foram atingidos por estilhaços de vidro.

Presidente do Grêmio, Romildo Bolzan afirmou que os jogadores ficaram muito abalados psicologicamente e isso foi outro fator fundamental para a não realização da partida.

“Não vamos jogar. Não nos sentimos seguros. Há um desequilíbrio técnico tremendo por que o jogador estava escalado para a partida. Tem vários jogadores que foram tomar banho, estão cheios de vidro. Não há condições técnicas e psicológicas para fazer a partida”, disse.

CEO do clube, Carlos Amodeu relatou a situação ao globoesporte.com: “A delegação vinha no comboio quando fomos surpreendidos por cerca de 100 torcedores identificados com a camisa do Internacional, saíram do parque e começaram a jogar uma série de objetos. Uma pedra e um pedaço de pau quebraram o vidro do ônibus e lesionaram o nosso atleta”, afirmou.

Foto: Divulgação/Grêmio

O caso escancara a violência presente em todo o país. Somente nas capitais, foram 4 ataques contra ônibus de clube nos últimos três dias. O primeiro deles aconteceu em Salvador, quando terroristas bombardearam o veículo que levava o Bahia à Fonte Nova, na quinta (24), quando o clube disputou partida contra o Sampaio Corrêa pela Copa do Nordeste.

O goleiro Danilo Fernandes sofreu cortes no rosto, perto do olho, e foi parar no hospital. Mesmo assim, o time foi a campo. Lateral tricolor, Matheus Bahia sofreu cortes no braço e o atacante Marcelo Cirino sequer foi à partida por conta do abalo psicológico

No mesmo dia, o Náutico, que voltava do Tocantins após a eliminação da Copa do Brasil, divulgou imagens de van que transportava os atletas com vidros quebrados após protestos. Ninguém ficou ferido.

Além dos ataques a veículos coletivos, torcedores do Paraná invadiram o gramado, no jogo que marcou o rebaixamento da equipe para a Série B estadual, e trocaram agressões com os jogadores.

No interior paranaense, a delegação do Cascavel foi apedrejada quando a equipe deixava o Estádio Willie Davids, em Maringá, após a realização da partida contra o time da casa, pela décima rodada do campeonato paranaense.

Compartilhe: