Casal é condenado a 118 anos de prisão por matar dentistas e arrancar dedos de idosa para sacar dinheiro da conta bancária

Crime foi em Colorado do Oeste (RO). Em sentença, Francinéia Costa foi condenada a 61 anos de reclusão em regime fechado, enquanto seu marido, Nilmar, foi condenado a 57 anos.

Dionelia Giacometti Mai e o marido foram mortos em Rondônia em julho do ano passado. (Foto: Reprodução)

O casal suspeito de ter matado dois dentistas idosos em Colorado do Oeste (RO) foi condenado, juntos, a 118 anos de prisão. A sentença foi publicada nesta sexta-feira (5). Além de matarem e enterrarem os corpos dos aposentados, os acusados (que eram inquilinos das vítimas), arrancaram os dedos da idosa para tentar sacar o dinheiro da conta bancária através da biometria.

De acordo com decisão do juiz Eli da Costa Júnior, não restou dúvida quanto a culpabilidade do casal no crime bárbaro contra Dionélia Giacometti Mai e Eldon Mai.

A sentença ficou distribuída assim:

  • Francinéia Costa de Oliveira deve ficar presa por 61 anos, dois meses e 91 dias.
  • Já Nilmar dos Santos, marido de Francinéia, foi condenado a 57 anos, dois meses e 81 dias-multa de reclusão.

Na mesma decisão, o juiz negou o pedido de liberdade feito pelo casal para responder o crime em liberdade. Eles vão ficar presos por falsidade ideológica, ocultação de cadáveres e latrocínio, pois foram presos fugindo no carro das vítimas.

Crime brutal

Os dentistas Dionélia Giacometti Mai e Eldon Mai, que eram casados, foram assassinados pelos próprios inquilinos em julho de 2020 na casa que eles tinham cedido para os acusados, em Colorado do Oeste.

Para atrair as vítimas até o local do crime, os inquilinos chamaram Dionélia e Eldon alegando um vazamento na pia do imóvel onde eles estavam morando.

Dionélia foi a primeira a ser morta pelos inquilinos, pois estava sozinha em casa na manhã daquele dia. Quando ela entrou na casa para ver o suposto vazamento, Nilmar a atacou com um cabo de enxada e desferiu um golpe em sua nuca. Após a vítima cair no chão, o suspeito rasgou uma camiseta e a amordaçou.

O marido de Dionélia, Eldon, chegou em casa durante a tarde. Usando o mesmo método, o acusado convidou o idoso para ir até o imóvel verificar o vazamento na pia. Quando Eldon entrou na casa dos inquilinos, também foi golpeado na nuca pelo cabo de enxada.

Depois de matarem os idosos, Nilmar e a esposa Francinéia levaram os corpos até Chupinguaia (RO) e lá os enterraram, em covas separadas.

Após os crimes, Nilmar e Francinéia foram até um hotel onde tinham deixado seus filhos e então fugiram no carro das vítimas.

Dedos arrancados com faca

Durante investigação do caso, a polícia descobriu que Dionélia Gioacometti teve quatro dedos arrancados por uma faca depois de ser assassinada pelos próprios inquilinos. Os acusados ainda carregaram os dedos no bolso e foram até um banco para tentar sacar o dinheiro da conta bancária de Dionélia.

De acordo com o que foi apontado pela perícia, os inquilinos ainda fizeram torniquete no dedo indicador esquerdo e direito [da vítima], e também torniquetes nos dois polegares. O objetivo deles era fazer a leitura biométrica e assim fazer saque na conta da vítima, no Banco do Brasil.

Enquanto Nilmar tentava retirar o dinheiro da conta da vítima, a esposa Francinéia teria ficado dentro do carro. A investigação aponta que o suspeito tentou sacar o dinheiro por diversas vezes, chegando digitar a senha da vítima, mas não conseguiu.

Dionélia Giacometti Mai e seu esposo Eldon Mai foram mortos em Rondônia — Foto: Facebook/Reprodução

Quem era Dionélia?

Dionélia era servidora lotada no Hospital de Clínicas Raimundo Chaar em Brasileia, no Acre. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), ela era dentista e tinha sido afastada do trabalho por causa da pandemia de Covid-19, por ser do grupo de risco.

Dionélia também era pioneira da Renovação Carismática Católica da Diocese de Ji-Paraná.

Local onde corpos das vítimas foram enterrados, no Cone Sul — Foto: PRF/Divulgação

Mega-Sena acumula e pagará R$ 7,5 milhões no próximo sorteio

Confira as seis dezenas sorteadas do concurso 2342.

O prêmio estimado para a próxima aposta, que será realizada na próxima quarta-feira (10), é de R$ 7,5 milhões. (Foto: Reprodução)

Ninguém acertou os seis números do concurso 2342 da Mega-Sena realizado neste sábado (28). O prêmio estimado para a próxima aposta, que será realizada na próxima quarta-feira (10), é de R$ 7,5 milhões.

Confira as seis dezenas sorteadas:

17 – 20 – 24 – 27 – 40 – 60

Segundo a Caixa Econômica Federal, 35 apostas acertaram a quina e levaram R$ 51.441,93 cada uma. Além disso, 2.233 pessoas acertaram a quadra e ficaram com R$ 1.151,85 cada uma delas.

Como jogar

A Mega-Sena paga milhões para o acertador dos 6 números sorteados. Ainda é possível ganhar prêmios ao acertar 4 ou 5 números dentre os 60 disponíveis no volante de apostas. Para concorrer, você deve marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

Sorteios

Os sorteios da Mega-Sena são realizados duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. Em semanas especiais, ocorrem três sorteios, às terças, às quintas e aos sábados. 

Apostas

A aposta mínima, de 6 números, custa R$ 4,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio mais cobiçado do País.

Brasil tem um pedido de impeachment de Bolsonaro a cada 11 dias

Se por um lado essa situação reflete um descontentamento mais generalizado, por outro, essa pulverização pode ser um fator contra o crescimento da pressão contra o governo.

São de uma maneira geral pedidos independentes, apresentados em momentos distintos e por motivações diversas, mas nada que aponte para uma grande articulação contra Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

 A rejeição de setores da sociedade ao governo Bolsonaro tem se refletido no número de pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados: em média, cidadãos brasileiros protocolaram um processo contra o presidente a cada 11 dias.

Foram 68 desde que Bolsonaro tomou posse até a primeira semana de fevereiro. São de uma maneira geral pedidos independentes, apresentados em momentos distintos e por motivações diversas, mas nada que aponte para uma grande articulação contra Bolsonaro.

Se por um lado essa situação reflete um descontentamento mais generalizado, por outro, essa pulverização pode ser um fator contra o crescimento da pressão contra o governo.

Nas últimas semanas, houve intensificação nos debates a respeito de um impedimento, principalmente por causa do repique da Covid-19, do colapso da saúde em Manaus e do atraso do Brasil na vacinação.

Chegou-se a cogitar que o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) abriria o processo em seus últimos dias à frente da Casa.

Os pedidos de impeachment foram escritos e protocolados por pessoas das mais diversas regiões. Há juristas conhecidos, como a ex-vice-procuradora-geral da República Deborah Duprat.

Dois detentos do estado de São Paulo enviaram seus pedidos por cartas. Um deles já inclusive havia pedido impeachment de Dilma Rousseff (PT).

No universo político, figura obviamente a oposição, mas também ex-aliados do governo, como o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP).

O ritmo de pedidos apresentados ganhou força em 2020. No ano anterior, haviam sido cinco, sendo que o primeiro, protocolado em 5 de fevereiro, foi arquivado por Maia.
O restante teve como destino a gaveta do deputado – e agora do novo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) –, formalmente classificados como “em análise”.

As denúncias do primeiro ano foram motivadas por episódios controversos, como o fato de o presidente ter compartilhado em uma rede social vídeo em que um homem urina em outro em um bloco de Carnaval, em prática conhecida como “golden shower”.

Em 2020, o número de pedidos explodiu: foram 54 – quatro arquivados.

Alguns tiveram os mesmos autores, como o militar aposentado João Carlos Moreira, que protocolou dois. Um deles, de fevereiro do ano passado, tinha como pano de fundo as investigações envolvendo a morte da vereadora Marielle Franco e supostas interferências no caso.

O outro, em março, cita declarações de conotação sexual contra a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo, e até o episódio envolvendo o transporte de 39 quilos de cocaína em um avião presidencial.

Bolsonaro ainda motivou pedidos por ter incentivado atos pelo fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, por ter declarado que as eleições foram fraudadas e por ataques à imprensa.

Boa parte das ações tem relação com ações e omissões de Bolsonaro no combate à pandemia do novo coronavírus.

O advogado Adriano Oliveira da Luz, de Cachoeirinha (RS), usava suas redes sociais para defender o presidente. Decepcionou-se durante a pandemia e por isso decidiu ingressar com pedidos.

“Antes era o PT que era uma seita, que não se podia falar mal do Lula. Mas a mesma coisa está acontecendo com eleitores do Bolsonaro”, afirma.

Em 2021, já há nove pedidos aguardando análise do novo presidente da Câmara, mas sem sinalização de que o destino será diferente dos demais.

“Com esse Congresso nas mãos do centrão e ainda a indicação da lambe-botas Bia Kicis para a CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], creio que as chances do presidente sair antes de 2022 diminuíram muito”, diz o cineasta Fernando Meirelles.

Ele integra a Coalizão Negra por Direitos, que ingressou com um pedido em agosto, com base, entre outros motivos, nos ataques de Bolsonaro às instituições democráticas e nas omissões na pandemia.

Pela lei, cabe ao presidente da Câmara decidir, de forma monocrática, se há elementos jurídicos para dar sequência à tramitação do pedido.

Compartilhe: