Brasil registra mais de 3.000 casos de Covid e chega a 22,2 milhões de infecções

Alguns estados permanecem com problemas de instabilidade de registros, devido ao ataque cibernético contra o sistema do Ministério da Saúde, que ocorreu na semana passada.

As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa 

 O Brasil registrou 173 mortes por Covid e 3.805 casos da doença, nesta quinta-feira (16). Com isso, o país chegou a 617.521 vidas perdidas e a 22.203.136 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

Alguns estados permanecem com problemas de instabilidade de registros, devido ao ataque cibernético contra o sistema do Ministério da Saúde, que ocorreu na semana passada.

As médias móveis de mortes e casos permanecem em queda. A média de óbitos agora é de 145 por dia, queda de 30% em relação ao dado de duas semanas atrás. A média de infecções é de 3.944 por dia, queda de 55%.

A média de óbitos completou 13 dias abaixo de 200.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Os dados da vacinação contra a Covid-19 estão entre os afetados, em diversos estados, pelo ataque à página do ministério. De toda forma, as informações foram ao menos parcialmente atualizadas em 12 estados e no Distrito Federal.

O Brasil registrou 950.144 doses de vacinas contra Covid-19, nesta quinta-feira. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 147.776 primeiras doses, 301.350 segundas doses. Além disso, foram registradas 536 doses de reforço e 500.482 doses de reforço.

Houve revisão de doses únicas no Ceará (-215) e em Minas Gerais (-46).

Ao todo, 160.522.290 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil –136.497.260 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 141.083.188 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.

Assim, o país já tem 75,25% da população com a 1ª dose e 66,14% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 99,03% e 87,04%.

Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

 

Central de Oportunidades é construída em Triunfo, no Sertão

A 11ª COPE do Estado começou a funcionar na cidade de Triunfo, nesta quinta-feira, onde o governador também liberou recursos e anunciou ações para diversas áreas. (Hélia Scheppa/SEI )
A 11ª COPE do Estado começou a funcionar na cidade de Triunfo, nesta quinta-feira, onde o governador também liberou recursos e anunciou ações para diversas áreas. (Hélia Scheppa/SEI )
Uma unidade da Central de Oportunidades de Pernambuco (COPE), foi inaugurada nesta quinta-feira (16) no município de Triunfo, no Sertão do Pajeú. O espaço reúne serviços do Expresso Empreendedor, autoatendimento da Agência do Trabalho, Junta Comercial (Jucepe) e Agência de Empreendedorismo (AGE), que coordena o Programa Crédito Popular. Esta é a 11ª COPE inaugurada pelo governador, e beneficiará cerca de 20 mil pessoas.

“Hoje inauguramos mais uma unidade da COPE, dessa vez em Triunfo. É um equipamento moderno, eficiente e que vai trazer grandes benefícios para o município. Temos certeza que esse centro vai incentivar o crescimento econômico, apoiar o comércio e a indústria e promover a expansão e a abertura de novos empreendimentos na região”, afirmou o governador Paulo Câmara (PSB).

De acordo com o secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, a COPE traz mais esperança para a população. “ Para o jovem e para o trabalhador, que quer voltar a empreender e gerar renda com o seu negócio” ressaltou.

O governador também inaugurou a reforma e ampliação da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Alfredo de Carvalho, e anunciou a licitação para construção da cobertura da quadra da Escola Monsenhor Luiz Sampaio. E repassou recursos para a manutenção do Centro de Assistência Social (CRAS) e do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), assim como para implantação da cozinha comunitária e para o pagamento de benefício eventual, totalizando R$ 265 mil.

Foi assinado ainda convênio para pavimentação de diversas ruas do município e o termo de licitação para o projeto e construção da passagem molhada na comunidade da Pedra D’água, distrito de Jericó. Os anúncios contam com uma aporte de R$ 1,3 milhão. Paulo Câmara entregou ainda CRLVs a proprietários de motos devidamente quitadas com base no decreto estadual de anistia das dívidas. Na área do turismo e lazer, foi autorizada a licitação para construção do Pátio Pernambuco, com a implantação de banheiros, área de de convivência, quiosques, playground, bicicletário, espaço para palco montável e amplos espaços de circulação. A ação está orçada em mais de R$ 316 mil.

Visando a melhoria do abastecimento de água da região, foi autorizada a licitação das obras de implantação de rede de distribuição e adequação de adutora para o bairro Santo Antônio. Serão aplicados recursos de R$ 120 mil.

QUIXABA
A comitiva do governo finalizou a agenda de compromissos desta quinta-feira no município de Quixaba, onde assinou ordem de serviço para ampliação do abastecimento, com a implantação da estação elevatória de água bruta intermediária, que possibilitará aumento da vazão de produção de água em até 40%. A obra, orçada em R$ 118 mil, trará segurança hídrica a mais de cinco mil pessoas.

O município também recebeu investimentos na área de desenvolvimento urbano, com a assinatura de convênio para a pavimentação de diversas ruas e o anúncio de licitação para projeto e obra da passagem molhada em Carnaúba. As intervenções estão orçadas em R$ 1 milhão. O governador repassou R$ 32,5 mil para manutenção do CRAS e R$ 32,5 mil para o CREAS. Ele também assinou termo de compromisso para implantação da cozinha comunitária, da Central de Oportunidades e do Programa Mãe Coruja.  Por fim, ele autorizou a transferência de recursos por convênio para a construção dos dois acessos à Praça do Cruzeiro, no valor de R$ 1 milhão, e entregou CRLVs a proprietários de motos.

Bolsonaro promoveu ‘desinformação’ e defendeu ‘teorias da conspiração’ em ‘live’ sobre urnas, diz PF

Bolsonaro durante live Foto: Bolsonaro durante live

O Globo

Relatório da Polícia Federal (PF) concluiu que o presidente Jair Bolsonaro promoveu desinformação na “live” ocorrida em julho deste ano na qual fez acusações sem provas contra as urnas eletrônicas. De acordo com a PF, o processo de preparação da live foi “enviesado”, por reunir informações que apontassem para vulnerabilidade ou supostas fraudes, ignorando os dados que atestavam o oposto. Na transmissão, o próprio Bolsonaro reconheceu que não tinha provas.

“Este inquérito permitiu identificar a atuação direta e relevante do Exmo. Sr. Presidente da República Jair Messias Bolsonaro na promoção da ação de desinformação, aderindo a um padrão de atuação já empregado por integrantes de governos de outros países”, diz trecho do relatório assinado pela delegada Denisse Dias Rosa Ribeiro e concluído em setembro deste ano.

O texto aponta ainda: “A live presidencial foi realizada com o nítido propósito de desinformar e de levar parcelas da população a erro quanto à lisura do sistema de votação, questionando a correção dos atos dos agentes públicos envolvidos no processo eleitoral (preparação, organização, eleição, apuração e divulgação do resultado), ao mesmo tempo em que, ao promover a desinformação, alimenta teorias que promovem fortalecimento dos laços que unem seguidores de determinada ideologia dita conservadora.”

Segundo o relatório da PF, as pessoas envolvidas na live atuam, “com dolo, consciência e livre vontade, na produção e divulgação, por diversos meios, de narrativas sabidamente não verídicas ou sem qualquer lastro concreto, com o propósito de promover mais adesão de apoiadores e outros difusores aos interesses dessa organização”.

Ao longo da investigação, a PF ouviu várias pessoas, entre elas o ministro da Justiça, Anderson Torres, que participou da live. De acordo com a delegada, apenas os peritos criminais federais ouvidos, para quem os dados usados por Bolsonaro não permitiam concluir a existência de fraude, tinham conhecimento técnico para analisar aquelas informações. Aos demais envolvidos, faltava essa habilidade, o que levou à desinformação.

Os relatórios nos quais foram pinçados dados de modo a dar a impressão de que há fraudes são os produzidos por peritos da PF que participam, a convite do TSE, das auditagens das urnas.

“Restou caracterizado pelas narrativas das pessoas envolvidas que a chamada live presidencial foi um evento previamente estruturado com o escopo de defender uma teoria conspiratória que os participantes já sabiam inconsistente, seja pelos alertas lançados pelos peritos criminais federais, seja porque a mesma fonte que forneceu o suporte (pesquisas na internet) também fornece dados que se contrapõem às conclusões alcançadas”, diz trecho do relatório.

O texto ainda diz: “Mesmo com a possibilidade de realização de processos formais de verificação da confiabilidade e veracidade dos dados utilizados, o que poderia ser feito inclusive por órgãos do governo, nada foi checado”.

Em seu depoimento, Anderson Torres, a quem a PF é subordinada, disse que não determinou que a polícia fizesse levantamentos de supostas vulnerabilidades no sistema eleitoral brasileiro. Disse também que não leu na íntegra dos relatórios já existentes da PF sobre o assunto, por que serem extensos e de conteúdo técnico e difícil, tento lido apenas os resumos. Por fim, reconheceu que, apesar de tais documentos apontarem supostas vulnerabilidades, “não foi possível depreender do material que teve acesso a existência de fraude ou manipulação de voto”, segundo consta no termo de depoimento prestado à PF.

Ele afirmou que sua intenção, ao ler trechos dos relatórios de peritos da PF na “live”, era “dar ciência” aos que assistiam a transmissão de que, “por mais seguro que seja um determinado sistema de tecnologia, existe a necessidade de aumentar os meios de segurança do sistema para evitar eventuais fraudes”.

As pessoas ouvidas na investigação confirmaram que, alguns dias antes, houve uma apresentação do coronel Eduardo Gomes, que trabalha com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos. Participaram dessa reunião o ministro da Justiça, Anderson Torres, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, dois peritos da PF e mais alguns assessores. O coronel Eduardo Gomes apareceu posteriormente na “live”, ocorrida em 29 de julho, ao lado de Bolsonaro, assessorando-o.

Em seu depoimento, Ramos disse que, a pedido de Anderson Torres, autorizou a realização da reunião no Palácio do Planalto, tendo participado apenas da sua abertura. Ramos também afirmou que, a pedido de Bolsonaro, designou o coronel Eduardo Gomes para ajudá-lo no levantamento de informações para a “live”. Ramos, que acompanhou presencialmente a transmissão, negou à PF ter conhecimento sobre o conteúdo que seria apresentado na live.

Já Torres deu versão diferente. Em depoimento prestado ao então corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Felipe Salomão, o ministro da Justiça disse que partiu da Casa Civil a notícia da realização da reunião. Na época, Ramos ainda era ministro da Casa Civil, tendo assumido a Secretaria-Geral apenas em 28 de julho. Torres negou ainda que a reunião não fosse para combinar a “live”. Segundo ele, era apenas para a apresentação de possíveis fraudes na eleição.

Ao ministro Salomão, Anderson Torres também disse que o sistema funciona bem e negou ter conhecimento de fraudes: ” Eu sou daquela linha de que todo cuidado é pouco, principalmente nessas questões mais sérias. Mas assim, tecnicamente, eu não tenho conhecimento de outras fraudes ou de alguma coisa nesse sentido, né?”

Por outro lado, não deixou de lançar suspeitas: “Eu disse ali naquela Live, é uma coisa que acredito, que eu li, e eu acho que eles têm uma certa razão no que eles dizem. Eu acho que um sistema informatizado, um sistema que é possível ter algum tipo de fraude, né? Eu tava conversando, ontem, sobre isso ainda. Eu falei: rapaz, os bancos investem bilhões mensalmente em evitar fraudes, e o número de crimes cibernéticos aumentou muito durante, durante a questão da pandemia e tudo. Então, eu acho assim: é um sistema que tem que estar em constante atualização, aperfeiçoamento, como todo sistema. Mas essa é uma opinião minha. Não é técnica”.

“Indagado qual era cerne da mensagem que se pretendia difundir na live do dia 29.07.2021, respondeu que suscitar um debate democrático sobre o sistema eleitoral”, diz trecho do termo de depoimento de Ramos. Ele ainda destacou que, em agosto, disse confiar nas urnas eletrônicas durante audiência ocorrida na Câmara dos Deputados.

Alexandre Ramagem, diretor da Abin, não participou da “live”, mas também prestou depoimento. Ele, que estava na reunião que antecedeu a transmissão ao vivo, disse que não encaminhou nem produziu nenhum documento para subsidiar Bolsonaro na transmissão. Mas, questionado se pediu à PF dados sobre a existência de vulnerabilidade nas urnas eletrônicas ou de fraudes nas eleições, disse não se recordar.

A investigação no STF foi aberta a partir de um pedido do TSE. Em 9 de agosto, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), Bolsonaro pediu o fim do processo. “A partir do exame das declarações do recorrente na referida transmissão, percebe-se que as observações e críticas foram proferidas no espaço lícito do exercício da liberdade de expressão, e, destaque-se, têm como ponto central o processo eleitoral e a transparência do voto, visando a garantia máxima do eleitor para comprovar o exercício da sua cidadania”, diz trecho do pedido, que não foi analisado por Moraes.

Etiópia enfrenta guerra regada a tortura, execuções e expulsões da população civil

 (Fotos: Amanuel Sileshi/AFP)

Fotos: Amanuel Sileshi/AFP

Aconteceu ontem no mercado de Alamata, na parte sul do Tigré — região norte da Etiópia. Seis bombardeios realizados pela Força Aérea etíope mataram pelo menos 28 pessoas e feriram 76. No 408º dia de uma guerra iniciada em novembro de 2020 pelo primeiro-ministro, Abiy Ahmed, para expulsar os insurgentes da Frente de Libertação do Povo do Tigré (TPLF), duas das mais importantes organizações de defesa dos direitos humanos do mundo divulgaram um relatório que aponta atrocidades no oeste do Tigré.
Relatório conjunto da Human Rights Watch (HRW) e da Anistia Internacional revela que as forças de segurança de Amhara são responsáveis por uma onda de detenções em massa, tortura, assassinatos e expulsões forçadas de integrantes da etnia tigré. A pedido da União Europeia, o Conselho de Direitos Humanos da ONU promove, hoje, em Genebra, uma sessão especial sobre “a grave situação dos direitos humanos na Etiópia”.
Laetitia Bader, diretora da HRW para o Chifre da África, relatou ao Correio que os autores do relatório constataram que as forças de Amhara expulsaram principalmente idosos e mulheres com filhos pequenos. “Também descobrimos que essas forças detiveram, em condições de ameaça à vida, homens e mulheres que consideravam ter idade para participarem de combates. O oeste de Tigré tem sido o palco de algumas das piores atrocidades desde o começo do conflito”, explicou. “O que documentamos nessa nova onda de abusos são crimes de guerra.”
De acordo com Laetitia, as forças de Amhara invadiram o oeste do Tigré com a ajuda das soldados do governo de Abiy. “Nos primeiros meses do conflito, documentamos graves abusos, cometidos pelas tropas federais, incluindo o bombardeio indiscriminado a cidades, o que levou a um enorme deslocamento de civis, além de mortes. Também registramos assassinatos cometidos pelas forças do governo e por seus aliados”, afirmou.
Segundo ela, não há comunicação telefônica com a maior parte do Tigré. “Na parte oeste da região, controlada pelas forças de Amhara, existe comunicação. Nós entrevistamos pessoas que permaneceram na área, que testemunharam os abusos ou os próprios sobreviventes. Também indivíduos que fugiram para o Sudão”, disse Laetitia.
“Muitos desses civis que tentaram escapar para o Sudão foram executados no caminho. Isso foi uma tendência que constatamos nas entrevistas. Desde o início do conflito, as forças de Amhara bloquearam a estrada que leva até o Sudão. Com isso, os tigrés ficaram com poucas opções, a não ser fugir movendo-se dentro do Tigré”, acrescentou ela.
“Grande perigo”
O relatório conjunto apresenta denúncias sobre o desaparecimento de pessoas forçadas a subirem em caminhões. Em alguns casos, civis em fuga foram golpeados com facões e machados. “Sem uma reação internacional urgente (…) os cidadãos do Tigré, especialmente os detidos, correm grande perigo”, declarou Joanne Mariner, diretora de resposta a crises da Anistia Internacional, por meio de nota. Durante a sessão de hoje do Conselho de Direitos Humanos da ONU, existe a perspectiva de nomeação de investigadores sobre possíveis violações de direitos.
Meaza Gebremedhin, 27 anos, nasceu em Adigrat, no Tigré, e hoje mora em Washington, onde trabalha como analista de relações internacionais e defensora dos direitos humanos. “À medida que o genocídio se desenrola, a crise humanitária piora e ceifa a vida de centenas de civis, todos os dias”, lamentou ao Correio. “É uma guerra esquecida, pois membros da comunidade internacional a ignoram de propósito. Estão cientes dos horrendos crimes de guerra e contra a humanidade que Abiy Ahmed e seus aliados cometem contra inocentes no Tigré. Eles estão simplesmente parados, de braços cruzados, pois não têm vontade política para cumprir com sua responsabilidade de proteger e responsabilizar os perpetradores.”
Ela afirmou que ativistas escreveram cartas ao Comitê Nobel Norueguês, protestaram em frente à sede da entidade e organizaram campanhas por meio do Twitter para pedir a revogação do Prêmio Nobel da Paz para o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed.
Depoimento
Sede pelo poder
“No cerne do genocídio em curso no Tigré está o desejo descontrolado de Abiy Ahmed de centralizar o poder inconstitucionalmente, infringido o direito democrático das naconalidades à autodeterminação. Por sua vez, as elites de Amhara pretendem anexar partes férteis do Tigré ilegalmente.
Para materializar os dois objetivos, o governo federal da Etiópia, liderado pelo premiê Abiy Ahmed e pelo Estado regional de Amhara, trabalharam com a Eritreia, um conhecido inimigo, durante anos, antes de travarem a guerra genocida do Tigré.
Suas forças, apoiadas por drones e por outras aeronaves, além de apoio diplomático e financeiro dos Emirados Árabes Unidos, da China e da Turquia, continuam a cometer crimes com a marca do genocídio contra o povo do Tigré.”
Meaza Gebremedhin, analista de relações internacionais e ativista de direitos humanos. Nascida em Adigrat, no Tigré 
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