Brasil registra 1.114 mortes por Covid e mais de 122 mil casos nesta sexta

A média móvel de mortes chegou a 840 óbitos por dia, um aumento de 12% em relação ao dado de duas semanas atrás, o que representa uma situação de estabilidade.

As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais. (Foto: Reprodução)

 

 O Brasil registrou 1.114 mortes por Covid e 122.748 casos da doença, nesta sexta-feira (18). Com isso o país chegou a 643.111 vidas perdidas e a 28.064.224 pessoas infectadas desde o início da pandemia.

A média móvel de mortes chegou a 840 óbitos por dia, um aumento de 12% em relação ao dado de duas semanas atrás, o que representa uma situação de estabilidade.

Já a média de casos agora é de 110.312 infecções por dia, uma queda 37% também em relação ao dado de duas semanas atrás.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Os dados da vacinação contra a Covid-19 foram afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, o que levou à falta de atualização em diversos estados por longos períodos de tempo. Nesta quarta, as informações foram atualizadas em 20 estados e no Distrito Federal.

O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente.

O Brasil registrou 1.477.298 doses de vacinas contra Covid-19, nesta sexta. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 328.272 primeiras doses, 314.843 segundas e 2.006 doses únicas. Também foram registradas 832.177 doses de reforço.
A Bahia teve registro de -1.122 primeiras doses. O Ceará registrou -225 doses de reforço. Também com dados negativos em doses de reforço, o Distrito Federal registrou -50.

Ao todo, 170.938.256 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil –149.093.866 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 153.759.398 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.
Assim, o país já tem 79,57% da população com a 1ª dose e 71,57% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 105,66% e 95,04%.
Somente 27,66% da população tomou dose de reforço até o momento.

O consórcio começou a fazer também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 33,71%.

Considerando toda a população acima de 5 anos, 85,40% recebeu uma dose e 76,82% recebeu duas doses ou a vacina de dose única da Janssen.

Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

Bombeiros e PMs pedem justiça durante homenagem a presidente de associação assassinado a tiros

Policiais e bombeiros militares fizeram um ato, na tarde desta s

exta (18), pedindo justiça no caso do assassinato de Albérisson Carlos, presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE). Ele foi morto a tiros na noite da quarta (16), momentos após sair da sede da entidade, na Zona Oeste do Recife.

Os participantes do ato se reuniram na Praça do Derby, na área central do Recife, com coroas de flores e faixas. A manifestação foi em frente ao Monumento ao Soldado Tombado em Cumprimento do Dever.

Ainda de acordo com o G1 PE, os cabos e soldados relembraram a trajetória e a morte de Albérisson Carlos. Eles deram as mãos e fizeram um abraço simbólico do monumento. Também rezaram e entregaram uma coroa de flores a uma representante da família de Albérisson Carlos.

O monumento fica em frente ao Quartel do Derby, sede da Polícia Militar de Pernambuco. Na escultura está escrito “aqui faz o homem, aqui nasce o herói”.

Líder da chamada “operação padrão” da Polícia Militar de Pernambuco, Albérisson Carlos ficou conhecido por fazer duras críticas ao governo e foi expulso da PM em 2017, com o vice da associação, Nadelson Leite.

Os dois encabeçavam o movimento da categoria quando policiais abandonaram o Programa de Jornadas Extras (PJEs) e iniciaram a operação padrão, no fim de 2016.

Os dois chegaram a ser presos durante uma assembleia da categoria. Na época, as associações de classe reivindicavam aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho.

Albérisson Carlos tinha 50 anos e foi enterrado na quinta-feira (16), sob forte comoção, no Cemitério Parque das Flores, no bairro de Tejipió, na Zona Oeste do Recife.

Os colegas de farda de Albérisson acompanharam a chegada do caixão e gritaram palavras de ordem, como “força e honra”. (Matéria relacionadas, clique aqui).

Biden diz que Putin está decidido a invadir a Ucrânia e que a Rússia vai atacar Kiev nos próximos dias

Moradores de áreas separatistas do leste da Ucrânia deixaram a região em direção ao território russo nesta sexta. Alegações de que as forças ucranianas irão atacar essa região não fazem sentido, segundo o presidente americano.

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos da América Reprodução. (Foto: CNN)

O presidente americano Joe Biden disse nesta sexta-feira (18) acreditar que a Rússia vai atacar a capital da Ucrânia, Kiev, nos próximos dias.

“Temos motivos para acreditar que as forças russas atacarão nos próximos dias, especificamente a capital ucraniana de Kiev “, afirmou.

Biden enfatizou ainda acreditar que o presidente russo, Vladimir Putin, está decidido a invadir a Ucrânia. “A partir deste momento, estou convencido de que ele tomou a decisão”, disse Biden na Casa Branca.

Biden havia dito anteriormente que não acreditava que o líder russo já tivesse se decidido pelo ataque, mas reconheceu na época que sua visão sobre o pensamento de Putin eram limitada.

Falando na Casa Branca, Biden disse que as notícias divulgadas ao público russo de que a Ucrânia está planejando lançar um ataque em Donbass, controlado pelos separatistas, carecem de evidências. Ele disse que essas alegações desafiavam a lógica.

“Tudo isso é consistente com a cartilha que os russos usaram antes”, disse Biden. “Isso também está de acordo com o cenário de pretexto sobre o qual os Estados Unidos e nossos aliados e parceiros vêm alertando há semanas”, continuou Biden. Ou seja, a alegação de um ataque ucraniano à região separatista do leste seria uma maneira de justificar uma invasão por parte de Moscou.

Ele disse que houve um aumento nas violações do cessar-fogo no leste da Ucrânia e que isso pode servir de pretexto para uma invasão.

Movimentação separatista

Separatistas apoiados pela Rússia anunciaram nesta sexta a súbita retirada surpresa de suas regiões separatistas no leste da Ucrânia, uma reviravolta em um conflito que o Ocidente acredita que Moscou planeja usar para justificar uma grande invasão de sua vizinha.

Sirenes de alerta soaram em Donetsk depois que ela e a outra autoproclamada “República Popular”, Luhansk, anunciaram a retirada de centenas de milhares de pessoas para a Rússia, com mulheres, crianças e idosos indo primeiro.

Sem fornecer provas, Denis Pushilin, líder separatista em Donetsk, acusou a Ucrânia de se preparar para atacar as duas regiões em breve –uma acusação que Kiev disse ser falsa.
“Não há ordens para libertar nossos territórios pela força”, disse a principal autoridade de segurança da Ucrânia, Oleksiy Danilov.

Horas após o anúncio da retirada, um jipe explodiu do lado de fora de um prédio do governo rebelde na cidade de Donetsk, capital da região de mesmo nome. Jornalistas da Reuters viram o veículo cercado por estilhaços e uma roda arremessada pela explosão.

A mídia russa disse que pertencia a uma autoridade separatista.

Milhares de civis vivem nas duas regiões controladas pelos rebeldes no leste da Ucrânia. A maioria fala russo e muitos já receberam a cidadania russa.

Poucas horas após o anúncio, famílias se reuniram para embarcar em ônibus em um ponto de retirada em Donetsk, de onde as autoridades disseram que 700 mil pessoas partiriam.

O anúncio da retirada veio depois que a zona de conflito do leste da Ucrânia viu o que algumas fontes descreveram como o mais intenso bombardeio de artilharia em anos na sexta-feira, com o governo de Kiev e os separatistas se acusando mutuamente.

Países ocidentais têm afirmado acreditar que o bombardeio, que começou na quinta-feira e se intensificou em seu segundo dia, é parte de um pretexto criado pela Rússia para justificar uma invasão.

Washington disse que a Rússia — que diz ter começado a retirar tropas perto da Ucrânia nesta semana — fez o oposto: aumentou a força que ameaça seu vizinho para entre 169.000 e 190.000 soldados, de 100.000 no final de janeiro.

Os países ocidentais temem um conflito na Europa em uma escala não vista pelo menos desde as guerras da Iugoslávia na década de 1990, que mataram centenas de milhares de pessoas e deslocaram milhões de pessoas. A Ucrânia é o segundo maior país da Europa em área, depois da própria Rússia, e abriga 40 milhões de pessoas.

“Esta é a mobilização militar mais significativa na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”, disse o embaixador dos EUA, Michael Carpenter, em uma reunião na Organização para Segurança e Cooperação na Europa, com sede em Viena.

A Ucrânia disse que a Rússia estava planejando ataques encenados, incluindo um vídeo falso de um ataque a uma fábrica de produtos químicos, e acusando-a falsamente de planejar uma ofensiva nas áreas separatistas.

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