Agricultura familiar: Prefeitura de Afogados da Ingazeira investiu mais de 200 mil reais em compras diretas

Ascom

Só no último trimestre, a Prefeitura de Afogados da Ingazeira investiu mais de duzentos mil reais em compras diretas dos agricultores familiares do município. Produtos como milho, feijão, batata doce, carne de boi, leite, entre outros. Esses alimentos são comprados diretamente aos agricultores, sem a figura do atravessador.

A informação foi repassada pela secretária de Assistência Social, Madalena Leite, durante reunião de prestação de contas do programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA). A reunião aconteceu nesta quinta-feira (18), no Cineteatro São José, e contou com a participação dos agricultores beneficiados e representantes da gestão municipal.

O coordenador do PAA no município, Gilmar Aguiar, destacou a importância da transparência na aplicação dos recursos e do diálogo com as famílias. “Esse é um momento que já é rotina no programa. Além da prestação de contas, também pudemos dialogar sobre a transição para o programa Alimenta Brasil, que inicia em janeiro do próximo ano, mas ainda não sabemos se será como está no papel”, afirmou.

Os alimentos comprados são destinados para as escolas municipais, casa de apoio da saúde em Recife, cozinha comunitária, CRAS, CAPS, Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV, além do programa municipal de segurança alimentar.

“Eu agradeço às famílias de agricultores que participam do programa, pois é com os alimentos que eles produzem que estamos conseguindo, há seis meses, garantir alimentos para o programa municipal de segurança alimentar, que tem ajudado tantas famílias em situação de vulnerabilidade em Afogados,” destacou a secretária Madalena Leite.

Gestoras do Bolsa Família e do Cadastro Único aproveitaram o momento para tirar dúvidas dos agricultores a respeito do novo auxílio Brasil.

 

 

PSB condiciona Alckmin vice de Lula a cabeça de chapa em 5 estados

Caciques do PSB discutiram priorizar a filiação de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) para que ele seja candidato a vice-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva desde que o PT apoie a legenda em cinco estados prioritários nas eleições de 2022.

Alckmin, que tem conversado com uma série de partidos, procurou integrantes do PSB nos últimos dias e sinalizou que toparia entrar na sigla para ser vice de Lula.

Dirigentes do PSB e de outras siglas, porém, dizem acreditar que Alckmin só baterá o martelo sobre seu futuro partidário após as prévias do PSDB, no domingo (21). No cálculo, o tucano poderia até ficar onde está a depender de quem vencer a disputa interna: João Doria (SP) ou Eduardo Leite (RS).

Segundo integrantes do PSB, a reunião realizada na noite quarta-feira (17) serviu para os dirigentes debaterem pessoalmente os cenários com Alckmin e reforçarem as condições para dar apoio aos petistas nacionalmente: querem que o PT respalde candidatos do PSB a governador em São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Acre e Rio de Janeiro.

No encontro, dirigentes também decidiram frear conversas para formar uma federação com o PT no próximo ano.

Líderes do PSB vão discutir o tema com Alckmin e também procurar Lula para debater pessoalmente a aliança.

O ex-presidente quer o partido como aliado em 2022. Os principais entraves, porém, são regionais, sobretudo no estado de São Paulo.

Segundo integrantes de ambos os partidos, as articulações para que o PT apoie o PSB no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco e Acre estão avançadas.

No Rio de Janeiro, por exemplo, Lula jé declarou que apoiará Marcelo Freixo, mas no PSB há o temor de que ele volte atrás. Freixo deixou recentemente o PSOL e se filiou à sigla.

Em São Paulo, porém, segue o impasse porque o ex-presidente não quer deixar de lançar um nome próprio da sigla.

O nome colocado hoje para a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes é o do ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad, derrotado em 2018 por Jair Bolsonaro na briga pelo Palácio do Planalto.

A reunião no PSB foi chamada pelo presidente do partido, Carlos Siqueira, e teve a participação de dirigentes como os governadores Paulo Câmara (PE) e Renato Casagrande (ES), o ex-governador Márcio França (SP) e o ex-deputado Beto Albuquerque (RS).

O acordo vislumbrado pelo PSB beneficiaria sobretudo França e Albuquerque, que querem disputar os governos de seus respectivos estados.

A constatação de líderes do PT e também do PSB é que, hoje, os pessebistas não têm um nome forte que agregue à candidatura de Lula e seja capaz de obrigar o PT a redefinir estratégias estaduais a fim de atrai-los no plano nacional.

O governador Flávio Dino (PSB-MA), por exemplo, muito lembrado nas conversas para ser vice de Lula, é originário do PC do B e visto no PT como um candidato que não ampliaria a chapa para além do campo da esquerda.

Já Alckmin, que foi quatro vezes governador pelo PSDB em São Paulo e duas vezes candidato a presidente da República, tem um viés mais à direita e ajudaria a acalmar setores mais conservadores da sociedade, reeditando o que Lula fez em 2002 com o empresário José Alencar como vice.

A intenção do PSB é fortalecer a legenda nas negociações a ponto de forçar o PT a abrir mão da cabeça de chapa em disputas estaduais consideradas essenciais para os pessebistas.

O partido aposta que nesses cinco estados prioritários há chance de vencer a eleição em 2022. Com o apoio dos petistas, o PSB poderia consolidar essas candidaturas.

Em São Paulo, a preferência de Lula é por Haddad, considerado mais viável eleitoralmente que França.

O ex-presidente indicou a correligionários próximos que estaria disposto a ceder caso forme a aliança com o tucano. Já Alckmin, com quem conversou nos últimos dias, não nega nem confirma o desejo de integrar a chapa com Lula.

O tucano, no entanto, tem tateado e chamou caciques do PSB para encontros. Em um deles, um jantar em São Paulo, nos últimos dias, segundo relatos no partido, Alckmin teria sido cortejado por quem estava no restaurante pela possibilidade de ser vice. Isso, segundo pessebistas, animou o tucano.

A costura por uma chapa Lula-Alckmin foi revelada pela coluna Mônica Bergamo. Desde então, o tucano e o petista têm trocado afagos públicos.

“Tenho uma extraordinária relação de respeito com Alckmin. Fui presidente quando ele foi governador. Conversamos muito. Não há nada que aconteceu entre mim e o Alckmin que não possa, sabe, ser reconciliado. Não há”, afirmou Lula na segunda-feira (15) durante viagem à Europa.

Já Alckmin, na semana passada, também não rechaçou a possibilidade de compor chapa com o petista.

“Já disseram que eu vou ser candidato a senador, a governador, a vice-presidente. Vamos ouvir. Fico muito honrado com a lembrança do meu nome”, disse o ex-governador paulista, que foi derrotado por Lula em 2006 na corrida pela Presidência da República.

Até então, Alckmin vinha discutindo seu futuro político principalmente com siglas alinhadas mais ao centro e centro-direita e trabalhado com a hipótese de se candidatar ao Governo de São Paulo mais uma vez.

Alckmin, que está de saída do PSDB, também é cortejado pelo PSD, de Gilberto Kassab, e pela União Brasil, que será resultado da fusão do DEM com PSL(Via: Folhapress)

Caixa Tem não permite ajustar limite do Pix, o que pode violar norma do BC

Caixa Tem (Imagem: Tatiana Vieira/Tecnoblog)

O ajuste de limite do Pix é uma função que ajuda a fortalecer a segurança de clientes de bancos e instituições financeiras. Através dela, é possível escolher um valor máximo para realizar transações pela plataforma de pagamentos e transferências de acordo com as necessidades do usuário. A opção, no entanto, não está disponível no Caixa Tem , conforme foi descoberto pelo Tecnoblog em testes realizados nos últimos dias, ainda que a regulamentação do Banco Central (BC) aponte-a como necessária.

Os testes foram feitos nos apps para Android e iPhone (iOS). Inicialmente, selecionamos a opção “Pix” na tela inicial e fomos direcionados ao chat automatizado. Em seguida, escolhemos todas as opções oferecidas pela plataforma, como “Pagar”, “Receber”, entre outras. Nenhuma delas levou à função para controlar o limite.

Também recorremos à aba Ajustes, onde é possível alterar as definições do app. O resultado foi o mesmo: o menu Segurança oferece apenas opções para configurar o acesso à conta do Caixa Tem pelo aplicativo. Até esta quinta-feira (18), não foi encontrado nenhuma menção à ferramenta para controlar o limite do Pix na plataforma da Caixa.

A ausência do controle de limite vai na contramão de boa parte dos apps de instituições financeiras. O próprio aplicativo da Caixa, por exemplo, oferece a função junto às demais opções do Pix acessadas diretamente pela tela inicial. O mesmo é dito ao Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Nubank, Santander, entre outros bancos.

Em contrapartida, a falta da opção de ajuste pode violar a regulamentação do Banco Central. A Instrução Normativa de número 160 informa que, desde 4 de outubro de 2021, a função para controlar o limite deve estar disponível no app da instituição financeira com base no manual de Requisitos Mínimos para a Experiência do Usuário. Mas o prazo varia em algumas situações.

Segundo o BC, o limite até 4 de outubro é aplicado ao app principal da instituição financeira participante do Pix. Isto significa que os demais apps da participante, como é o caso do Caixa Tem, seguem outro calendário.

Confira os prazos a seguir:

  • Participantes do Pix com média mensal superior a 20 milhões de transações:  até 16 de setembro de 2021;
  • Participantes do Pix com média mensal entre 5 e 20 milhões de transações: até 31 de março de 2022;
  • Demais participantes do Pix: até 30 de junho de 2022.

É importante destacar que a quantidade de transações está relacionada aos resultados apurados entre março e setembro de 2021. Além disso, em março, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que o Caixa Tem tinha 107 milhões de contas abertas. “É a nossa maior fonte de pagamentos e débitos e Pix”, disse. “Ou seja, nós temos mais operações em termos de cartão de débito e no Pix no app do Caixa Tem que o resto do banco”.

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